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Muro que Israel construiu para cercar a Cisjordânia, em área perto de Jerusalém. ONU condenou as políticas israelenses nos territórios ocupados | Reuters
Muro que Israel construiu para cercar a Cisjordânia, em área perto de Jerusalém. ONU condenou as políticas israelenses nos territórios ocupados| Foto: Reuters

O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta quarta-feira três resoluções condenando Israel por suas políticas nos territórios sírios e palestinos sob ocupação. Os Estados Unidos votaram contra as três.

Outra resolução, criando um fundo para indenizar palestinos que tiveram prejuízos durante a ofensiva militar israelense de 14 meses atrás em Gaza, deve ser aprovada na quinta-feira.

Uma das resoluções sobre as "graves violações dos direitos humanos" cometidas por forças israelenses exigia o fim da ocupação nos territórios palestinos capturados na guerra de 1967 e o fim das agressões contra civis palestinos e o seu patrimônio cultural.

O texto, aprovado por 31 votos a 9 com 7 abstenções, pedia também o fim de todas as operações militares em terras palestinas e a suspensão do bloqueio econômico à Faixa de Gaza.

Os Estados Unidos e a União Europeia, cujos sete integrantes do Conselho costumam votar em uníssono, se opuseram, por considerar a resolução desequilibrada.

Outra resolução dizia que Israel deve parar de fazer construções em todos os assentamentos em territórios ocupados, além de tomar medidas para desocupar os já existentes. Nesse caso, foram 45 votos favoráveis, já que a União Europeia aderiu, e só os EUA mantiveram sua oposição.

O terceiro documento condena Israel pelo que diz serem violações sistemáticas de direitos humanos nas colinas do Golã, um território sírio sob ocupação. Os EUA votaram "não" e 15 países, inclusive os da UE, se abstiveram.

Os EUA, que atualmente têm atritos com Israel por causa da ampliação dos assentamentos judaicos, disseram no Conselho que as três resoluções não contribuem para a paz no Oriente Médio.

A delegação norte-americana afirmou ainda que o Conselho continua sendo usado como plataforma para atacar Israel, enquanto violações em outros países permanecem ignoradas.

A Grã-Bretanha, que na terça-feira expulsou um diplomata israelense suspeito de envolvimento em um caso de falsificação de passaportes britânicos, votou a favor das resoluções relativas aos direitos dos palestinos e ao fim dos assentamentos, mas se absteve no caso de Golã.

O Conselho na prática é dominado por um bloco de países em desenvolvimento, no qual a Organização da Conferência Islâmica tem forte influência, e que obtém rotineiramente o apoio de China, Rússia e Cuba.

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