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O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta quinta-feira (7) por unanimidade novas sanções contra a Coreia do Norte em resposta ao teste nuclear realizado pelo país no mês passado, apesar das ameaças do regime de Pyongyang de lançar um ataque atômico preventivo contra os Estados Unidos.

Os quinze membros do principal órgão de decisão da ONU aprovaram uma nova resolução impulsionada pelos Estados Unidos e a China que endurece as sanções já existentes contra as autoridades norte-coreanas e cria novas restrições, especialmente de caráter financeiro.

Entre outras medidas, a resolução pune pela primeira vez as "atividades ilícitas do corpo diplomático" norte-coreano, as relações dos bancos do país com o exterior, as "transferências ilícitas de dinheiro" e endurece as restrições de viagem a funcionários locais.

O regime de Pyongyang reagiu nesta quinta de forma antecipada ameaçando novamente os Estados Unidos com "um ataque nuclear preventivo", em uma nova subida de tom do país comunista, que acusou a Casa Branca de estar "a ponto de iniciar uma guerra atômica" que levará a Coreia do Norte a reagir "para proteger nosso supremo interesse".

"Fomos muito claros, estamos unidos em pedir que a Coreia do Norte cumpra com suas obrigações internacionais ou enfrentará mais pressão e isolamento", afirmou após a votação a embaixadora americana na ONU, Susan Rice, que reiterou que a comunidade internacional compartilha o objetivo da desnuclearização da península da Coreia.

Rice afirmou que o regime não alcançará nada se continuar com suas "ameaças" e provocações", a não ser um "maior isolamento internacional" e novos sofrimentos para o povo norte-coreano, por isso pediu que o país cumpra com suas obrigações internacionais e "opte pelo caminho da paz".

O embaixador chinês na ONU, Li Baodong, disse que seu país está comprometido com a paz e a estabilidade da península da Coreia, defendeu as novas sanções como símbolo da "unidade" contra os programas nucleares e defendeu a solução dos problemas "através do diálogo".

No entanto, o diplomata chinês advertiu que a resolução aprovada hoje "não é suficiente". O embaixador disse que a prioridade agora é "acalmar os ânimos" e que apesar das medidas serem importantes, fazem parte de um "longo processo" que deverá desembocar em novas negociações.

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