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Diplomacia

Conselho de Segurança chega a um acordo sobre armas químicas na Síria

Países com poder de veto na entidade redigiram um documento que prevê destruição de arsenal sírio e deixa de fora o uso de força contra Assad

Soldados do Exército Livre da Síria correm de uma explosão ocorrida em Tabaka, na região de Raqqa, supostamente causada por um ataque aéreo do governo | Ahmad Abo Bakr/Reuters
Soldados do Exército Livre da Síria correm de uma explosão ocorrida em Tabaka, na região de Raqqa, supostamente causada por um ataque aéreo do governo (Foto: Ahmad Abo Bakr/Reuters)
Palestino Mahmoud Abbas quer selar a paz com Israel |

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Palestino Mahmoud Abbas quer selar a paz com Israel

Desenho feito por rebelde sírio em um muro de Aleppo |

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Desenho feito por rebelde sírio em um muro de Aleppo

Os cinco países que fazem parte do Conselho de Segurança na Organização das Nações Unidas (ONU), chegaram a um acordo quanto à resolução que determina o fim das armas químicas do governo sírio.

Um dos aspectos mais controversos do documento, o uso de força no caso de o presidente Bashar Assad não cumprir sua parte do acordo, foi descartado. A informação partiu de oficiais ouvidos pelo jornal The New York Times.

O anúncio do acordo foi feito pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, via Twitter, ontem à noite.

O próximo passo será re­­­unir os 15 membros do Con­selho de Segurança para discutir a versão final do documento aprovado ontem por EUA, Reino Unido, Rússia, China e França.

A versão final do texto, porém, não está de acordo com o Capítulo 7 da Carta da ONU, que prevê ação militar para fazer cumprir as medidas.

A rejeição do Capítulo 7 era o principal obstáculo colocado pela Rússia a uma resolução do Conselho de Segurança – o governo do presidente Vladimir Putin é o maior aliado do regime de Assad entre os integrantes permanentes do órgão da ONU.

Embora tenham anunciado há cerca de duas semanas, durante encontro em Genebra (Suíça), acordo visando à destruição das armas químicas sírias, EUA e Rússia também divergem sobre o modo como devem ser eliminadas.

Americanos e iranianos fazem reunião histórica em Nova York

Folhapress

Numa aproximação inédita em 34 anos – desde a Revolução Islâmica, em 1979, quando romperam relações –, EUA e Irã estiveram juntos oficialmente ontem em uma mesa de negociações, em Nova York.

Com os ministros de Relações Exteriores do Reino Unido, da França, da Rússia, da China e da Alemanha, o secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler iraniano, Mo­­hammad Javad Zarif, discutiram o programa nuclear do Irã, que os EUA acusam de ter fins militares.

O esforço de conciliação ganhou impulso após a posse do moderado Hassan Rouhani na Presidência do Irã, em agosto.

Catherine Ashton, chefe de política externa da União Europeia, disse que a conversa entre o Irã e os cinco membros do Conselho Permanente da ONU mais a Alemanha foi "substancial" e definiu parâmetros para a nova rodada de negociações, marcada para os dias 15 e 16 de outubro, em Genebra, na Suíça.

Os países presentes no encontro aceitaram definir um prazo "ambicioso" para as negociações.

Reforma

O G4, grupo formado por Brasil, Índia, Japão e Alemanha, divulgou um comunicado ontem defendendo a necessidade de uma reforma urgente no Conselho de Segurança (CS) da ONU. A dificuldade do CS em resolver questões internacionais importantes é uma evidência clara de que "já passou da hora" de uma reforma ser feita, de acordo com o comunicado. A reunião dos ministros das Relações Exteriores dos quatro países ocorreu ontem em Nova York, às margens da Assembleia Geral da ONU. Para o G4, o CS precisa refletir melhor as mudanças geopolíticas e aumentar sua representatividade.

Desejo

Em entrevista ao jornal The Washington Post publicada na quarta-feira, o presidente iraniano Hassan Rouhani disse que quer chegar a um acordo com as potências mundiais sobre o programa nuclear do Irã entre três e seis meses. O presidente demonstrou interesse em resolver o impasse sobre as atividades nucleares iranianas, o que resultou em sanções econômicas e no quase isolamento do país em relação ao resto do mundo.

1.429 pessoas morreram no ataque químico ocorrido na região de Ghouta, nos arredores de Damasco, a capital síria. O número foi apresentado em um relatório da Inteligência dos Estados Unidos. O documento foi usado pelo presidente Barack Obama para justificar uma ofensiva contra o país de Bashar Assad. Até que a Rússia surgiu com a proposta de fazer a Síria entregar suas armas químicas e evitar a ofensiva americana. É essa entrega do arsenal que o documento preparado pelo Conselho de Segurança da ONU discute.

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