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Soldados do Exército Livre da Síria correm de uma explosão ocorrida em Tabaka, na região de Raqqa, supostamente causada por um ataque aéreo do governo | Ahmad Abo Bakr/Reuters
Soldados do Exército Livre da Síria correm de uma explosão ocorrida em Tabaka, na região de Raqqa, supostamente causada por um ataque aéreo do governo| Foto: Ahmad Abo Bakr/Reuters

Palestino pede pressão por acordo de paz

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, pediu ontem que a comunidade internacional exerça toda a pressão possível para que as negociações entre Israel e Palestina possam alcançar um acordo de paz "definitivo".

Abbas, que falou pela primeira vez em nome do Estado da Palestina na Assembleia Geral da ONU, pediu também ação internacional para frear a construção de assentamentos israelenses em solo palestino e pôr fim às expropriações de terras ocupadas.

O líder palestino advertiu que as conversas diretas com Israel iniciadas em julho "parecem ser a última oportunidade de conseguir uma paz justa, já que o tempo está se esgotando".

Abbas destacou a importância do reatamento das conversas diretas com Israel, graças "aos esforços sem descanso" do presidente americano, Barack Obama, e de seu secretário de Estado, John Kerry.

Apesar da retomada das negociações ser "uma boa notícia", Abbas lembra que o processo requer que a comunidade internacional se esforce para que ela dê certo.

Ele pediu também que o mundo "esteja alerta e condene" qualquer ação que possa prejudicar as negociações.

Efe

Irã defende a eliminação de armas nucleares

No terceiro dia da Assembleia Geral da ONU, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, fez um apelo para a eliminação total de armas nucleares e mandou um recado direto a Israel, referindo-se ao país nominalmente, e não como "regime sionista", como seu antecessor, Mahmoud Ahmadinejad, costumava fazer.

Rouhani afirmou que o mundo esperou muito pelo desarmamento nuclear, no que ele chamou de "prioridade máxima". E defendeu um Oriente Médio livre de armas de destruição em massa, exortando o governo de Benjamin Netanyahu a aderir ao tratado de não proliferação desse tipo de armamento "sem demora".

Durante conferência sobre desarmamento nuclear nas Nações Unidas, o presidente iraniano defendeu também que o mundo invista em desenvolvimento ao invés de armas nucleares, afirmando que seu uso é uma violação às normas da ONU e um crime contra a humanidade.

Para Rouhani, os países com armamentos nucleares devem assumir a responsabilidade pela eliminação de seus arsenais.

Agência O Globo

  • Palestino Mahmoud Abbas quer selar a paz com Israel
  • Desenho feito por rebelde sírio em um muro de Aleppo

Os cinco países que fazem parte do Conselho de Segurança na Organização das Nações Unidas (ONU), chegaram a um acordo quanto à resolução que determina o fim das armas químicas do governo sírio.

Um dos aspectos mais controversos do documento, o uso de força no caso de o presidente Bashar Assad não cumprir sua parte do acordo, foi descartado. A informação partiu de oficiais ouvidos pelo jornal The New York Times.

O anúncio do acordo foi feito pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, via Twitter, ontem à noite.

O próximo passo será re­­­unir os 15 membros do Con­selho de Segurança para discutir a versão final do documento aprovado ontem por EUA, Reino Unido, Rússia, China e França.

A versão final do texto, porém, não está de acordo com o Capítulo 7 da Carta da ONU, que prevê ação militar para fazer cumprir as medidas.

A rejeição do Capítulo 7 era o principal obstáculo colocado pela Rússia a uma resolução do Conselho de Segurança – o governo do presidente Vladimir Putin é o maior aliado do regime de Assad entre os integrantes permanentes do órgão da ONU.

Embora tenham anunciado há cerca de duas semanas, durante encontro em Genebra (Suíça), acordo visando à destruição das armas químicas sírias, EUA e Rússia também divergem sobre o modo como devem ser eliminadas.

Americanos e iranianos fazem reunião histórica em Nova York

Folhapress

Numa aproximação inédita em 34 anos – desde a Revolução Islâmica, em 1979, quando romperam relações –, EUA e Irã estiveram juntos oficialmente ontem em uma mesa de negociações, em Nova York.

Com os ministros de Relações Exteriores do Reino Unido, da França, da Rússia, da China e da Alemanha, o secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler iraniano, Mo­­hammad Javad Zarif, discutiram o programa nuclear do Irã, que os EUA acusam de ter fins militares.

O esforço de conciliação ganhou impulso após a posse do moderado Hassan Rouhani na Presidência do Irã, em agosto.

Catherine Ashton, chefe de política externa da União Europeia, disse que a conversa entre o Irã e os cinco membros do Conselho Permanente da ONU mais a Alemanha foi "substancial" e definiu parâmetros para a nova rodada de negociações, marcada para os dias 15 e 16 de outubro, em Genebra, na Suíça.

Os países presentes no encontro aceitaram definir um prazo "ambicioso" para as negociações.

Reforma

O G4, grupo formado por Brasil, Índia, Japão e Alemanha, divulgou um comunicado ontem defendendo a necessidade de uma reforma urgente no Conselho de Segurança (CS) da ONU. A dificuldade do CS em resolver questões internacionais importantes é uma evidência clara de que "já passou da hora" de uma reforma ser feita, de acordo com o comunicado. A reunião dos ministros das Relações Exteriores dos quatro países ocorreu ontem em Nova York, às margens da Assembleia Geral da ONU. Para o G4, o CS precisa refletir melhor as mudanças geopolíticas e aumentar sua representatividade.

Desejo

Em entrevista ao jornal The Washington Post publicada na quarta-feira, o presidente iraniano Hassan Rouhani disse que quer chegar a um acordo com as potências mundiais sobre o programa nuclear do Irã entre três e seis meses. O presidente demonstrou interesse em resolver o impasse sobre as atividades nucleares iranianas, o que resultou em sanções econômicas e no quase isolamento do país em relação ao resto do mundo.

1.429 pessoas morreram no ataque químico ocorrido na região de Ghouta, nos arredores de Damasco, a capital síria. O número foi apresentado em um relatório da Inteligência dos Estados Unidos. O documento foi usado pelo presidente Barack Obama para justificar uma ofensiva contra o país de Bashar Assad. Até que a Rússia surgiu com a proposta de fazer a Síria entregar suas armas químicas e evitar a ofensiva americana. É essa entrega do arsenal que o documento preparado pelo Conselho de Segurança da ONU discute.

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