O Conselho de Segurança da ONU vai se reunir nesta terça-feira para discutir a condenação a 18 meses de prisão domiciliar imposta por um tribunal de Mianmar à líder da oposição Aung San Suu Kyi.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, deplorou a condenação.
A porta-voz da ONU Marie Okabe afirmou que o conselho formado por 15 nações vai se reunir às 16h (de Brasília) para consultas a portas fechadas.
As chances de uma ação real do conselho parecem pequenas. A China, que tem poder de veto no conselho, sempre foi contra sanções ao vizinho Mianmar.
Um comunicado divulgado pelo gabinete do secretário-geral Ban, que está atualmente visitando a Coreia do Sul, seu país de nascimento, disse que "deplora veementemente" a condenação de Suu Kiy e pediu a libertação dela.
Segundo a nota, Ban pediu à junta militar que governa Mianmar a "libertação imediata e incondicional" de Suu Kyi, que é ganhadora do prêmio Nobel da Paz, e que eles "trabalhem com ela sem atraso como uma parceira essencial no processo de diálogo e reconciliação nacional".
"A menos que ela e todos os outros presos políticos em Mianmar sejam soltos e possam participar de eleições livres e justas, a credibilidade do processo político permanecerá em dúvida", acrescentou o comunicado.
Suu Kyi foi condenada por violar a lei de segurança interna após um cidadão norte-americano ter visitado a casa onde ela já estava sendo mantida em custódia.
Catorze ganhadores do Prêmio Nobel da Paz como Suu Kyi escreveram uma carta aberta ao Conselho de Segurança pedindo que seja formada uma comissão para investigar os crimes contra a humanidade que eles afirmam que estão sendo cometidos em Mianmar.



