A palavra patrimônio vem do grego e significa "herança do pai", portanto, podemos entender como tudo aquilo que somos, tudo que nos caracteriza e identifica, que nos torna originais e únicos. O Brasil possui a mais antiga e estruturada legislação de proteção ao patrimônio cultural da América Latina, servindo de modelo a muitos países vizinhos que ainda trabalham no sentido de criar essa estrutura para a proteção do seu patrimônio cultural. Desde a instalação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), em 1936, criaram-se as condições para identificar e proteger as obras representativas do longo caminho de construção de nosso país.
Atualmente é cada vez mais difícil a manutenção de centros históricos, seja pelo crescimento demasiado das nossas cidades, pela migração interna ou pela especulação imobiliária, o que acaba exigindo a capacidade de mudar os meios de promover a preservação. Faz-se necessário educar e informar a sociedade da importância do patrimônio a ser preservado, transformando-a em co-responsável por seus bens.
A conservação do patrimônio, como todos os demais setores da sociedade brasileira, precisa urgentemente da participação das pessoas, tornando-as aptas a influir positivamente nos processos em nosso país, da eleição dos próximos dias à preservação da pequena capela que nos identifica culturalmente. A sociedade educada e informada poderá cobrar mais e melhor dos organismos e administradores públicos.
Claudio Forte Maiolino é arquiteto e professor de Arquitetura e Urbanismo da PUCPR.
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