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O condado de Los Angeles, na Califórnia, controlado por um conselho de supervisores de maioria do Partido Democrata, decidiu concordar nesta sexta-feira (4) com um acordo bilionário para encerrar diversas denúncias de abuso sexual que teriam ocorrido dentro de centros juvenis públicos, segundo informou a agência Associated Press (AP).
O valor que foi proposto para o acordo é de US$ 4 bilhões e se destina a compensar aproximadamente 7 mil casos de abusos que teriam ocorrido desde 1959 em instituições sob administração do governo local.
Segundo a AP, o acordo, que já é considerado o maior da história dos Estados Unidos relacionado a abuso sexual em instituições públicas, ainda precisa ser aprovado oficialmente durante votação do conselho de supervisores, que conta com apenas um membro do Partido Republicano. Conforme as informações, todos os membros do conselho concordaram com os termos proposto no acordo. O conselho de supervisão do condado de Los Angeles é composto por cinco assentos, todos atualmente ocupados por mulheres.
Caso seja ratificado em votação do conselho, o acordo poderá impactar de forma duradoura o orçamento de Los Angeles, informou a mídia americana. Com um orçamento anual de US$ 49 bilhões, o condado de Los Angeles — o mais populoso dos Estados Unidos, com cerca de 10 milhões de habitantes — está enfrentando dificuldades crescentes. As despesas locais foram agravadas pelos incêndios registrados no começo do ano, pela crise dos sem-teto e pela possibilidade de mais cortes nos envios de verbas federais que estão sendo promovidos pelo governo do presidente Donald Trump.
Segundo a AP, grande parte das denúncias de abuso envolve o MacLaren Children’s Center, um centro infantil financiado com verbas públicas que fica localizado na cidade de El Monte, que operou entre 1961 e 2003. Em 2022, advogados entraram com um processo coletivo contra o condado de Los Angeles representando mais de 1,2 mil pessoas que teriam sido vítimas de abuso sexual quando estiveram sob a tutela do centro.
O acordo acertado nesta sexta inclui medidas para evitar novos casos de abuso, como a criação de uma linha telefônica exclusiva para denúncias de abuso sexual infantil cometido por funcionários públicos do condado, além de um novo sistema para acelerar investigações internas. A proposta será analisada pela chamada “junta de reclamações do condado” na próxima segunda-feira (7) e, em seguida, poderá ser votada pelo conselho de supervisores no dia 29 de abril.
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