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É claro que as reações por enquanto são primárias, mas as palavras na boca do povo são as mesmas: Cáucaso e forças de segurança. Nenhum grupo assumiu responsabilidade pelos ataques e não há versão oficial para as explosões. Mas acredita-se que a escolha dos locais não tenha sido arbitrária.

A estação de Lubyanka fica debaixo da sede do Serviço de Segurança Federal (sucessora da KGB).

Park Kultury fica a seis estações na mesma linha, mas os terroristas podem tê-la confundido com Oktyabrskaya, que fica debaixo do Ministério do Interior. O serviço de segurança russo liga os atentados suicidas a grupos militantes do Norte do Cáucaso, que tiveram diversos líderes aniquilados recentemente. Agora, seus membros podem estar buscando vingança. Em atentados anteriores, foram responsabilizados rebeldes chechenos islâmicos em luta pela independência em relação à Rússia – em sua maioria, mulheres.

Há ainda quem culpe força externas interessadas em desestabilizar a Rússia, e aqueles que culpam as forças de segurança russas e veem razões políticas por trás do atentado.

As explosões podem beneficiar aqueles que pretendem endurecer o controle sobre a sociedade, e mostrar que esse controle é necessário – e que os esforços liberalizantes de Medvedev falharam.

Seja como for, o confronto entre liberais e as forças de segurança é algo que ainda ocorre na Rússia.

Alguns analistas argumentam que o caso poderia servir como um alerta: "na reforma do sistema econômico, não esqueça das forças de segurança, elas têm papel muito importante na governança do país".

Após as bombas de 11 anos atrás, a cena política russa mudou quando um novo tipo de político chegou ao poder (Vladimir Putin, no ano 2000). Será preciso esperar para saber quais as verdadeiras razões por trás das bombas de Moscou.

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