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Soldado aposentado sul-coreano pisa em bandeira da Coreia do Norte durante protesto em Seul | Lee Jae-Won/Reuters
Soldado aposentado sul-coreano pisa em bandeira da Coreia do Norte durante protesto em Seul| Foto: Lee Jae-Won/Reuters

Antimísseis

Rússia alerta sobre corrida armamentista

Moscou - O presidente russo, Dmitri Medvedev, disse ontem que a incapacidade de seu país e do Ocidente de chegar a um acordo sobre um novo escudo antimísseis para a Europa pode provocar uma nova corrida armamentista, o que forçaria Moscou a deslocar novas armas para o exterior. O alerta do presidente, que desde o primeiro dia no governo assumiu uma postura mais branca em relação ao Ocidente, foi feito durante um discurso do Estado da Nação – dedicado, em princípio, a questões domésticas.

Medvedev, no entanto, acabou desviando para alguns assuntos internacionais, e oferecendo duas opções aos ocidentais: trabalhar em parceria com a Rússia na construção de um sistema de defesa antimísseis ou enfrentar as consequências. "Nos próximos dez anos, vamos nos defrontar com as seguintes alternativas", disse Medvedev, cujo discurso foi transmitido em rede nacional de televisão. "Ou concordamos sobre a defesa antimísseis e criamos uma cooperação completa, ou – se não conseguirmos alcançar uma cooperação construtiva – , uma nova rodada de corrida armamentista", estimou o presidente russo.

AFP

Seul - A misteriosa Coreia do Norte gabou-se ontem de avanços no seu programa nuclear, ao alardear ter milhares de centrífugas atômicas em funcionamento. As re­­velações de Pyongyang sobre seu programa de enriquecimento de urânio – um país que já tem ar­­mas nucleares à base de plutônio – ocorrem uma semana de­­pois de as forças comunistas terem bom­­bardeado uma ilha sul-coreana, matando dois civis e dois militares.

No começo do mês, a Coreia do Norte já havia exibido uma usina de enriquecimento de urânio e um reator de água leve a um cientista nuclear dos EUA. "Atual­­mente, a construção de um reator de água leve está ativamente em progresso, e uma moderna usina de enriquecimento de urânio, equipada com milhares de centrífugas, para assegurar o abastecimento de combustível, está em operação", publicou o jornal norte-coreano Rodong Sinmun.

"Os projetos de desenvolvimento da energia nuclear se tornarão mais ativos para propósitos pacíficos no futuro", acrescentou o jornal, segundo transcrição da agência estatal de notícias KCNA.

Pressão

A Casa Branca afirmou ontem que a China tem a "obrigação" de pressionar a Coreia do Norte para que ponha fim ao seu "comportamento beligerante", após Pyong­­yang revelar que dispõe de centrífugas para enriquecer urânio. "Os chineses têm o dever e a obrigação" de pressionar "a Coreia do Nor­­te", e dizer a eles que "seu comportamento beligerante deve acabar", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs

"Continuamos comprometidos com a segurança comum dos nossos aliados na República da Coreia", disse Gibbs, referindo-se à Coreia do Sul pelo seu nome oficial.

Panfletos

Ativistas enviaram ontem balões com panfletos anti-Pyongyang, DVDs e notas de um dólar para a Coreia do Norte. Em suas mensagens, sul-coreanos e desertores norte-coreanos instaram pessoas no empobrecido país a se erguer contra o regime linha-dura de Kim Jong-Il.

"Quan­­do eles receberem o panfleto e a nota de um dólar, poderão viver pelo menos um dia com isso", disse Lee Soon-Hee, de 66 anos, que contou ter fugido do país onde seu cunhado morreu em um campo de trabalhos forçados, e chegou ao sul em 2001. "Quando lerem os panfletos, sa­­berão que estão sendo enganados por seu governo", contou durante o lançamento dos balões, na zona desmilitarizada entre as duas Coreias, estabelecida na trégua firmada após a guerra de 1950-1953.

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