Coreia do Norte cava túnel para teste nuclear, diz jornal

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A Coreia do Norte parece estar preparando um novo teste nuclear a partir de março, disse um jornal sul-coreano nesta quarta-feira (15), enquanto um político dos EUA viajava para Pyongyang com uma mensagem para que o regime norte-coreano "se acalme".

Os serviços de inteligência dos EUA e Coreia do Sul observam atentamente as instalações atômicas norte-coreanas, tentando identificar qualquer atividade. Analistas dizem que o Norte poderia usar um teste nuclear para ganhar mais poder em negociações que resultem em benefícios políticos e econômicos.

Segundo uma fonte de inteligência sul-coreana citada pelo jornal Chosun Ilbo, a Coreia do Norte está escavando um túnel no seu terreno de testes nucleares, que pode ficar pronto no segundo trimestre de 2011, prenunciando um teste nuclear subterrâneo.

A chancelaria sul-coreana disse estar monitorando atentamente o local, e que não há provas de que a Coreia do Norte prepare um novo teste.

De acordo com o Chosun Ilbo, a quantidade de terra retirada do túnel, na localidade de Punggye (nordeste da Coreia do Norte), sugere que ele já estaria com 500 metros de profundidade, metade do necessário em um teste nuclear. Nesse ritmo, segundo outra fonte do jornal, a obra estaria concluída "entre março e maio".

O Chosun Ilbo também ouviu de autoridades sul-coreanas que a Coreia do Norte está acelerando as obras no seu complexo nuclear de Yongbyon, onde recentemente o regime comunista revelou ter um programa de enriquecimento de urânio.

Também nesta quarta-feira, a Coreia do Sul realizou seu maior treinamento civil de defesa dos últimos anos, semanas depois de o Norte ter bombardeado uma ilha sul-coreana, matando quatro pessoas, sendo dois civis.

O exercício, realizado num dia útil, causou congestionamentos nas ruas de todo o país, e levou milhares de pessoas a refúgios antibomba.

O primeiro-ministro Kim Hwang-shik disse que o objetivo é melhorar a preparação do país contra um eventual bombardeio norte-coreano, e também alertou a Coreia do Norte a esperar retaliações se as agressões se repetirem.