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A Coréia do Norte pode ter começado a fechar um reator nuclear, que produz plutônio apto a ser usado em bombas, poucos dias depois do fim do prazo prometido num acordo de desarmamento, afirmou a imprensa sul-coreana na terça-feira.

Fotos de satélites-espiões norte-americanos mostraram aumento de atividades em torno do reator de Yongbyon, disse o jornal Dong-A Ilbo, citando uma fonte diplomática.

"Washington acredita ser muito provável que essas atividades façam parte da operação da Coréia do Norte para fechar a instalação nuclear", disse a fonte ao jornal.

A agência de notícias Yonhap citou uma fonte de inteligência não-identificada dizendo que o reator ainda está operando, mas que havia sinais incomuns no local, como o aumento no movimento de veículos.

O governo do Japão disse que estava coletando informações, mas não fez mais comentários.

O especialista Daniel Pinkston, norte-coreano que trabalha no Centro de Estudos para a Não-Proliferação, disse que custaria pouco para Pyongyang fechar o reator e que ele pode ser facilmente reiniciado se houver problemas de diplomacia. "É reversível. E não é uma coisa muito cara para eles."

A China afirmou que ainda não foi concluída, por "problemas técnicos", a liberação dos 25 milhões de dólares da Coréia do Norte congelados num banco em Macau. A liberação dos fundos é a exigência norte-coreana para avançar nas negociações de desarmamento.

A Coréia do Norte já disse que vai convidar os inspetores nucleares da ONU a entrar no país 24 horas depois da resolução do problema, disse uma autoridade norte-americana que foi a Pyongyang.

No acordo fechado em fevereiro entre as duas Coréias, Japão, China, Rússia e EUA, a Coréia do Norte havia prometido começar a fechar o reator até o dia 14 de abril, em troca de assistência na área de energia.

Na segunda-feira, a imprensa local afirmou que a Coréia do Sul estava pensando em pressionar o Norte cancelando o envio de um grande carregamento de arroz até que o reator fosse fechado.

O Ministério da Unificação da Coréia do Sul disse à imprensa local na terça-feira que vai discutir a questão esta semana com o Norte, mas não esclareceu se a ajuda seria ou não retomada, afirmou a agência de notícias Yonhap.

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