O corpo do estudante Roberto Laudisio Curti, de 21 anos, morto por policiais australianos em Sydney, após levar vários choques de pistola Taser, na madrugada do último dia 18, deve chegar ao Brasil na próxima semana. Segundo Patrícia Laudisio, tia e madrinha de Roberto, o velório e o sepultamento acontecerão em São Paulo, cidade onde o rapaz morava antes de ir para a Austrália estudar inglês e trabalhar.
De acordo com Patrícia, a manifestação em homenagem ao afilhado prevista para a sexta-feira em frente ao Consulado Geral da Austrália em São Paulo, na região da Avenida Paulista, foi adiada para o sábado, às 11h30m. No protesto, cada participante foi convocado a levar um pacote de biscoito para o local. Segundo policiais australianos, Roberto foi morto porque antes teria furtado o produto de uma loja de conveniência, localizada no centro de Sydney. Imagens das câmeras de segurança do estabelecimento, no entanto, ainda não foram divulgadas pela polícia australiana.
"Pretendemos, além da homenagem, realizar a doação desses pacotes de biscoito para instituições de caridade", salientou a madrinha de Roberto.
As duas irmãs do jovem, que estão na Austrália, pediram ao consulado brasileiro em Sydney sigilo em relação ao caso, segundo a família, para não atrapalhar as investigações. Além do inquérito policial, o caso também é apurado por um ombudsman designado pelo governo do estado de Nova Gales do Sul, onde fica Sydney, e um escritório de advocacia australiano contratado por familiares de Roberto.
A morte do estudante brasileiro provocou na Austrália uma grande discussão sobre o uso das pistolas Taser, consideradas armas com baixo poder de letalidade. No Brasil, no domingo, um homem de 33 anos foi morto por policiais militares após levar choques da mesma arma, em Florianópolis. O assistente de controladoria Carlos Barbosa Meldola, chegou a ser socorrido por uma equipe de emergência do Samu, mas não resistiu.
Deixe sua opinião