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O Equador não vai pagar milhões de dólares de sua dívida externa se uma comissão indicada pelo governo decidir que ela é ilegítima, disse neste sábado (15) o presidente Rafael Correa.

Correa, que tem alertado repetidas vezes sobre a inadimplência de parte da dívida, disse que não irá honrar um cupom de seu bônus global 2012, no valor de 31 milhões de dólares, que deveria ser pago na segunda-feira (17), optando por um período de carência de 30 dias para decidir seu próximo passo.

"Até 15 de dezembro vamos decidir se continuaremos pagando ou se iremos para a batalha judicial porque essas negociações são um verdadeiro assalto ao país", disse Correa em seu programa semanal de rádio.

"Não estamos brincando. Se houver bases suficientes para decidir que podemos não pagar essa dívida por ilegitimidade, assim o faremos", acrescentou o popular presidente, que disse que não se preocupa com o que dizem os "especuladores" financeiros e os credores do Equador.

Correa não esclareceu a quais tribunais internacionais recorreria para apelar contra a dívida.

O aperto global de crédito está pressionando as economias da América Latina que dependem de exportações de commodities. O Equador é o primeiro país da região a levantar o fantasma do calote, que abalaria ainda mais os mercados de capital.

A Standard & Poor's reduziu o rating da dívida equatoriana na sexta-feira, para "CCC-", muito perto dos níveis de default, devido à forte incerteza sobre a disposição do governo para pagar a dívida.

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