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Londres (Folhapress) – A circulação de gás pela Europa diminuiu em 30% ontem, informou a empresa eslovaca de gás SPP. A expectativa era de que o fornecimento voltasse ao normal hoje. A escassez ocorreu enquanto a empresa estatal russa Gazprom – que fornece um quarto do gás consumido na Europa – implanta restrições à Ucrânia, país por onde passam três dos maiores gasodutos europeus. Sob pressão principalmente da Alemanha, a Gazprom recuou e garantiu que iria retomar o fornecimento de gás.

Bombas que abasteciam Ucrânia, Moldávia, Eslovênia e Eslováquia foram desligadas nos últimos dois dias. A queda na circulação de gás na Europa era maior que o volume de gás fornecido pela Rússia porque a disputa pelo produto teria esgotado outras fontes.

Atualmente, a Europa enfrenta um inverno rigoroso, o que agravou a situação, já que a maior parte dos aquecedores usados no continente são a gás.

Na Áustria, a quantidade de gás natural diminuiu em um terço por um dia. Na Hungria, as provisões de gás natural russo – 70% do consumo total do país – caíram 40% e voltaram ao normal no fim do dia. Polônia, França e Itália também sentiam falta do produto.

A Gazprom tenta aumentar o preço do gás enviado para o território ucraniano. O valor de mil metros cúbicos passaria de US$ 50 para um mínimo de US$ 220. Kiev rechaçou o pagamento dos novos valores.

A Ucrânia acusa a Rússia de tentar retaliar o novo governo ucraniano, mais inclinado às relações diplomáticas com os Estados Unidos. Os russos dizem que a falta de gás ocorre porque a Ucrânia não aceita pagar preços de mercado. Os preços eram reduzidos por força de um acordo que permite a passagem de gasodutos pela Ucrânia.

A Rússia manteve o preço de US$ 46,68 por mil metros cúbicos de gás para sua aliada Bielo-Rússia e para a região separatista moldava de Cisdniester, que abriga uma base militar russa.

A Gazprom acusou a Ucrânia de ter "roubado" 100 milhões de metros cúbicos de gás russo, destinado a países europeus, de acordo com a agência Interfax. O gás teria sido desviado no domingo. A agência Iter Tass estimou que o gás desviado pela Ucrânia vale cerca de US$ 25 milhões.

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