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Dominique Strauss-Kahn | Emmanuel Dunand/AFP
Dominique Strauss-Kahn| Foto: Emmanuel Dunand/AFP

Etapas judiciais

O diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, conhecido na França pela sigla DSK, é acusado, entre outras, por agressão sexual, tentativa de estupro e cárcere privado.

Primeira sessão

- Detido em 14 de maio, Strauss-Kahn compareceu segunda-feira perante um tribunal de Manhattan, onde recebeu sete acusações.

Prisão provisória

- A juíza Melissa Jackson negou a libertação do diretor do FMI sob fiança, solicitada pela defesa, e ordenou sua transferência para a prisão de Rikers Island.

Grande júri

- Reunidos a portas fechadas, um grupo de 16 a 23 cidadãos eleitos por sorteio estudará as provas para decidir sobre a acusação formal a DSK. A segunda audiência está prevista para sexta-feira.

Processo

- Após a abertura do processo, caso ocorra, as duas partes vão se enfrentar perante um júri popular. Os 12 membros do júri votarão sobre sua culpabilidade ou inocência. Um juiz definirá a pena. As acusações são passíveis de 74 anos de prisão.

- A qualquer momento, Dominique Strauss-Kahn poderá deter o processo em curso desde que se declare culpado. Nesse caso, a defesa poderia negociar com a acusação uma redução de pena.

Fonte: AFP

Defesa afirma que camareira consentiu sexo

Os advogados de defesa de Do­­minique Strauss-Kahn, diretor-gerente do Fundo Monetário In­­ternacional (FMI) acusado de abuso sexual e tentativa de estupro de uma camareira, alegam que po­­dem ter havido relações sexuais consentidas entre os dois, segundo publicou ontem o jornal New York Post. "As provas, a nosso ver, não apontam para um encontro realizado pela força", disse ao jornal o famoso criminalista Ben­­jamin Brafman, conhecido por ter representado estrelas da música nos Estados Unidos, como Mi­­chael Jackson e o rapper Jay-Z.

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Os governos europeus começam a divergir sobre a manutenção de Dominique Strauss-Kahn no co­­mando do Fundo Monetário In­­ternacional (FMI), mas continuam a defender que o possível substituto seja do bloco.

A ministra das Finanças da Es­­panha, Elena Salgado, foi uma das vozes mais eloquentes contra o francês, que está preso em Nova York desde sábado, acusado de atacar sexualmente uma camareira do hotel onde se hospedava.

Ressaltando que a investigação está em andamento, ela disse que as acusações são graves. "Se tiver que mostrar minha solidariedade e apoio a alguém, será para a mulher que foi atacada, se isso for comprovado.’’

Já a ministra austríaca Maria Fekter disse que Strauss-Kahn deveria se dar conta de que está prejudicando a imagem do organismo.

Porém, nem todos os políticos que estavam em Bruxelas para aprovar a ajuda de 78 bilhões de euros a Portugal concordam com a saída do dirigente. Jean-Claude Juncker, premiê de Luxemburgo e presidente do grupo de ministros das Finanças da zona do euro, disse que era "indecente’’ perguntar sobre a sucessão. "Strauss-Kahn não renunciou. Não sei se ele é culpado. Por que metade dos governos europeus está agora em processo de perguntar quem pode ser o sucessor?’’, disse ele, que é amigo do francês.

Mas todos que falam sobre o caso são claros que um europeu deve continuar como diretor-ge­­rente do FMI, repetindo o que ocor­­re desde sua criação, nos anos 1940.

Para os europeus, a manutenção do comando do FMI é importante em parte pelo prestígio, abalado por maus resultados econômicos. Mas também porque o Fun­­do vem tendo importante papel na ajuda a países da região – alguns emergentes dizem que em condições mais generosas que as habituais.

A questão é como os Estados Unidos vão se comportar nesse processo, em que os emergentes querem ter um representante no comando do Fundo. Se a tradição é que os europeus ocupem o principal posto do FMI, o mesmo ocorre com os americanos no Banco Mundial. Apro­­var um não europeu agora deve afetar também o processo no Bird.

Contatos

Representantes do Fundo estão contatando os advogados de Strauss-Kahn para discutir o futuro dele na organização, disseram duas fontes citadas pela Dow Jo­­nes. "Eles inquiriram gentilmente, por intermédio de seus advogados, sobre os planos dele", afirmou uma das fontes.

O diretor preso é pré-candidato à próxima eleição presidencial do país e, até antes do escândalo, liderava as pesquisas de intenção de voto. Caso seja considerado culpado e sentenciado à pena máxima por todas as sete acusações, ele poderá ser condenado a 74 anos e 3 meses de prisão.

Strauss-Kahn teve seu pedido de liberação sob fiança negado na segunda-feira e foi transferido pa­­ra o complexo penitenciário da Ilha Rikers, em Nova York. Ele de­­verá comparecer a um tribunal novamente na sexta-feira.

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