Cresce tensão entre Israel e Líbano

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Comandantes da missão de paz da ONU no Líbano (Unifil) fizeram ontem uma reunião de emer­­gência com autoridades do país e de Israel após um ataque com foguetes contra o território israelense. A Unifil disse que fará tudo para preservar a calma na fronteira dos dos país.

No primeiro ataque do tipo desde 2009, de acordo com o jornal Haaretz, pelo menos quatro foguetes Katyusha foram lançados do Líbano contra Israel, que revidou com disparos de artilharia. A troca de fogo danificou dois prédios na Galileia e causou um incêndio na região, ao atingir um tanque de gás. Ninguém ficou ferido.

Os foguetes foram disparados das vilas de Aita Shaab e Rmeish, a dois quilômetros da fronteira. Os disparos feitos por Israel atingiram campos, e também não deixaram feridos.

O governo de Israel disse estar tentando identificar os autores pelo ataque, mas que o Líbano é responsável e deveria tomar me­­didas.

"O governo libanês é responsável por tudo que acontece no Líbano e tudo que sai de sua fronteira", afirmou o vice-ministro da Defesa, Matan Vilnai.

As Forças de Defesa de Israel não acreditam, segundo o Haa­­retz, que o Hezbollah seja o responsável pela ação e aposta em grupos menores. Em comunicado, os militares disseram considerar o incidente grave.

As Brigadas de Abdullah Az­­zam, um grupo vinculado à rede terrorista Al-Qaeda, reivindicaram os disparos de foguetes. A or­­ganização, cujos membros vivem em sua maioria escondidos em campos de refugiados palestinos espalhados no sul do Líbano, também reivindicou outros ataques realizados contra Israel.

O site libanês Elnashra disse ter recebido um comunicado as­­sumindo o atentado das Brigadas de Abdullah Azzam, um jordaniano de origem palestina que foi conselheiro de Osama bin Laden, antes de ser morto no Afeganistão em 1989.

De acordo com fontes do setor de segurança do Líbano, quatro foguetes Katyusha foram lançados contra Israel a partir dos vilarejos de Aita Shaab e Rmeish, si­­tuados a cerca de 2 quilômetros da fronteira.