Sydney Um grupo de cientistas australianos conseguiu desenvolver células que crescem em três dimensões no corpo de um paciente, o que pode levar à recriação de órgãos vitais, segundo um comunicado dos pesquisadores. O procedimento não depende de clonagem.
Até agora as células reproduzidas só cresciam em duas dimensões. O paciente podia fazer crescer a pele, por exemplo. A nova técnica permite o desenvolvimento integral de órgãos, com enormes repercussões nos transplantes, segundo os cientistas.
As novas células foram criadas numa câmara de plástico colocada sob a pele do paciente, explicou o responsável pela pesquisa, Wayne Morrison, do Instituto de Microcirugia Bernard OBrien, no Hospital Saint Vincents de Melbourne. A câmara "é uma caixa vazia na qual foi implantado um vaso sanguíneo" onde os cientistas deixaram as células crescer, informou Morrison.
Até o momento, disse o cientista, foi possível criar "tecido do peito, gordura, músculo e o do pâncreas, que produz insulina". A descoberta pode servir para um paciente recriar seu próprio coração, acrescentou. É um primeiro passo rumo à criação de órgãos inteiros para substituir os danificados e conseguir além disso evitar a rejeição.
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