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Beirute – "A guerra acabou?", pergunta Hani Selim, um garoto de 6 anos de idade morador de um subúrbio ao sul de Beirute. Ele está abrigado em um estacionamento subterrâneo de um shopping center desde o início do conflito entre Israel e o grupo Hezbollah, no dia 12 de julho.

Hani, sua família e cerca de 1,7 mil refugiados estão vivendo na garagem do shopping, situado próximo aos subúrbios do sul de Beirute, que têm sido alvo diário de bombardeios israelenses. As sombras escuras em volta dos olhos deHhani são uma clara indicação de que o menino não tem podido brincar ao ar livre por quase um mês.

"Você acha que podemos ir brincar lá fora agora?" pergunta. O garoto ficou colado na frente de um aparelho de televisão até ouvir que Israel aceitou a resolução da ONU que promete pôr fim às hostilidades. "(Para brincar), eu e meus amigos corremos nos carrinhos do shopping", conta o garoto.

Ontem o dia foi decepcionante para os pequenos. Depois de ouvirem a promessa de paz do próprio secretário geral das Nações Unidas, Kofi Annan, o chão voltou a tremer. Um segundo depois, o barulho das explosões fez o silêncio tomar conta do estacionamento. As mulheres começaram a ler orações do Alcorão para aplacar seus temores. As cerca de 20 bombas que caíram de jatos israelenses teriam destruído sete prédios na região.

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