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Protesto contra a imigração ilegal em território norte-americano, realizado em Oracle, no estado do Arizona | Gary Williams/Efe
Protesto contra a imigração ilegal em território norte-americano, realizado em Oracle, no estado do Arizona| Foto: Gary Williams/Efe

Urgência

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou que dará prioridade aos casos dos menores imigrantes e designou mais juízes para as cortes migratórias. Dos processos existentes, pelo menos 46% dos envolvidos não comparece aos tribunais quando recebe a intimação, e os especialistas dizem que, dessa forma, os processos podem se complicar.

Motivos

Uma das certezas que cercam as crianças é que elas procuram escapar da violência e do perigo de morte em seus países de origem. O analista Philip E. Wolgin ressaltou que o aumento de menores imigrantes é um "efeito direto" de uma "crise humanitária" na América Central e que eles devem ter atendimento legal para saber se podem optar pelo asilo.

O colapso do sistema migratório americano permitirá que muitos menores da América Central que estão entrando ilegalmente nos Estados Unidos fiquem no país durante o longo processo burocrático que pode acabar em deportação ou não.

Embora as autoridades tenham garantido em várias ocasiões que "a maioria" dos imigrantes ilegais que estão chegando será devolvida aos países de origem, é certo que nem a legislação nem os recursos permitem cumprir essa ameaça no curto prazo.

A chegada pela fronteira ao sul de mais de 57 mil menores desacompanhados de um adulto nos últimos meses transbordou as instalações federais e as do estado do Texas, que não têm locais suficientes para recebê-los, além de não contar com tribunais para analisar todos os casos.

Isso levou o presidente americano, Barack Obama, a pedir ao Congresso US$3,7 bilhões extras para fazer frente à crise. O dinheiro deveria servir para atender de forma "humana" os menores, dar refúgio, comida e atendimento sanitário e, imediatamente depois, para examinar judicialmente cada caso e devolver a seus países os que não obtenham asilo.

Uma lei de 2008, aprovada pela Administração republicana do presidente George W. Bush, proibiu a deportação automática dos imigrantes ilegais menores de idade que chegassem de países que não fazem fronteira, como é o caso das crianças centro-americanas que cruzam a fronteira do México com os EUA.

A mensagem oficial dita tanto pelo vice-presidente, Joe Biden, quanto pelo secretário do Departamento de Segurança Nacional, Jeh John­­son, que viajaram à Amé­­rica Central, é que os menores serão deportados. Mas os analistas consideram que a realidade pode ser muito diferente.

Quando os menores são detidos, eles entram automaticamente em processo de deportação e ficam sob tutela do governo federal até que as autoridades verifiquem se há um parente nos EUA com quem possam ficar à espera da audiência, enquanto o processo corre.

Os menores são transferidos dos Centros da Patrulha de Fronteira para albergues federais onde passam, em mé­­dia, 35 dias, segundo o Departamento de Saúde. A instituição confirma que em 85% dos casos os menores ficam com as famílias.

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