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Buenos Aires - O presidente do México, Felipe Calderón, disse ontem que o crime organizado é a "pior ameaça’’ para a liberdade de expressão em parte do continente americano e pediu que os meios de comunicação trabalhem de forma coordenada com os governos ao tratarem do tema.

As declarações foram feitas na abertura oficial da 66.ª As­­sem­­bleia Geral da Sociedade Inte­­ra­­mericana de Imprensa (SIP), que terminou ontem em Mérida (Mé­­xico).

Para Calderón, a SIP e os três poderes do Estado devem trabalhar num "marco de corresponsabilidade’’ contra a violência, que "reprime severamente a li­­berdade de imprensa’’ principalmente no México, na América Central e na Colômbia.

Segundo ele, os meios têm de evitar "cair no jogo’’ dos cartéis do narcotráfico, que têm estratégia e agenda própria de comunicação. "É um câncer que atenta contra todos, e os jornalistas são um fator essencial’’, disse.

Desde o ano 2000, 65 jornalistas foram mortos no México, considerado o país mais perigoso para exercer a profissão, segundo organismos de imprensa.

Calderón também prometeu à SIP que "nunca haverá nem mordaças nem censuras à atividade jornalística’’ em seu país, que "não persegue ninguém por razões ideológicas e permite críticas abertas ao governo’’.

Bolívia

O governo da Bolívia reagiu on­­tem às críticas realizadas du­­ran­­te a assembleia da SIP a respeito da lei antirracismo recentemente aprovada pelo governo Evo Morales.

No sábado, a seção boliviana da entidade disse que artigos da lei que preveem a prisão de jornalistas sem direito a apelação representam a maior ameaça à li­­­­vre imprensa do país desde a re­­democratização, em 1982.

Para o porta-voz da Presidên­­cia, Iván Canelas, a liberdade de expressão está garantida no país e que "os membros da SIP, assim co­­mo no passado, quando apoiaram ditaduras, estão equivocados’’.

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