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Os candidatos ao cargo mais importante do mundo debateram ontem à noite sobre a crise financeira, redução de impostos e planos de saúde nos EUA, entre outros temas | Carlos Barria/Reuters
Os candidatos ao cargo mais importante do mundo debateram ontem à noite sobre a crise financeira, redução de impostos e planos de saúde nos EUA, entre outros temas| Foto: Carlos Barria/Reuters

Quênia expulsa autor americano de livro polêmico contra Obama

O escritor americano Jerome Corsi, autor de um livro polêmico contra Barack Obama, foi forçado a deixar o Quênia ontem, horas antes de lançar sua obra. Detido em Nairóbi, ele deveria ser deportado ainda noite de ontem. Obama é ultrapopular no país, onde vive sua família paterna.

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Nashville - A grave crise financeira enfrentada pelos Estados Unidos dominou o debate presidencial americano da noite de ontem. No segundo encontro entre o democrata Barack Obama e o republicano John McCain, os dois discutiram sobre quem foram os responsáveis e quais as soluções para o momento enfrentado pelo país. A estratégia de Obama foi tentar associar McCain ao presidente George W. Bush. McCain, por sua vez, criticava o democrata em quase todas as respostas.

O evento, realizado na Universidade de Belmont, em Nashville, Tennessee, teve um formato diferente do anterior. Desta vez, não apenas o mediador do debate – o veterano jornalista da NBC, Tom Brokaw – pôde fazer perguntas, mas também membros da platéia, selecionados previamente por serem independentes ou estarem ainda indecisos.

Logo no início, Brokaw perguntou quem eles escolheriam para ser novo secretário do Tesouro – cargo ocupado por Henry Paulson, que já manifestou o desejo deixar o posto com o fim do governo de George W. Bush. McCain citou o nome de Warren Buffet, que apóia Obama, e de Meg Whitman, presidente da eBay. "Acredito que deve ser alguém com quem os americanos se identifiquem. Que possam dizer de imediato que confiam neste indivíduo", disse McCain. Obama estimou que "Warren é, de fato, uma excelente opção" e destacou que "está orgulhoso por receber seu apoio". Warren Buffet, de 78 anos – o "oráculo de Omaha" –, dono de uma fortuna de 62 bilhões de dólares, já declarou apoio ao senador democrata.

"Precisamos de um plano de resgate que começou com a aprovação do pacote bilionário nesta semana. Mas nós precisamos de supervisão e de garantia de que os contribuintes terão seu dinheiro de volta", disse Obama, sobre o plano aprovado pelo governo que prevê a injeção de US$ 700 bilhões para a compra de títulos podres.

O democrata reiterou seu apoio à classe média. "A classe média precisa de um pacote financeiro que envolva corte de impostos, ajuda a proprietários de casas e projetos que os mantenham em seus empregos", listou o senador.

Em sua vez, McCain afirmou que os "americanos estão irritados e temerosos" com a crise. "Eu tenho um plano que envolve energia. Precisamos parar de enviar dinheiro a países que são nossos inimigos, precisamos cortar impostos, precisamos de um pacote de reformas que leve à prosperidade e à paz no mundo", disse.

O republicano rebateu à comparação de Obama e afirmou que suas propostas não são as políticas de "Bush ou de Obama", "mas vão ajudar a salvar o país da crise". "Este problema ficou tão grave que precisaremos agir para ajudar os donos de casas que não têm mais dinheiro para pagar hipoteca. Eu, como presidente, exigirei que o Tesouro compre as hipotecas sem liquidez e ajude as pessoas", disse o republicano. "Isso é caro? Sim, mas se não fizermos isso, não conseguiremos prosperar e colocar as pessoas de volta aos empregos", continuou.

Política externa

Na área das relações internacinais, além do Iraque e Afeganistão, onde os americanos estão em guerra no momento, o Paquistão e a Rússia foram temas bastante discutidos. Brokaw lembrou que Ronald Reagan dizia que a União Soviética era o Império do Mal, e depois perguntou: "e a Rússia?" Obama respondeu primeiro. "Acho que eles têm se portado mal." Depois foi a vez do republicano: "Talvez (ri). Se eu disser que sim, então isso significa que estamos retomando a velha Guerra Fria. Se eu disser que não, nós estamos justificando suas ações."

Os dois presidenciáveis participam ainda de um último debate, no dia 15. O confronto acontece na Universidade Hofstra, em Nova Iorque.

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