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A Coréia do Norte aceitou o acordo para fechar seu reator nuclear em troca de ajuda provavelmente por causa da crise econômica e das limitadas opções diplomáticas, disse nesta sexta-feira uma autoridade sul-coreana.

A Coréia do Norte concordou nesta semana em fechar seu principal reator nuclear, fonte de plutônio que pode ser usado em armas, em troca de uma ajuda inicial de 50.000 toneladas de combustível, ou ajuda econômica equivalente.

``Acho que eles podem ter exaurido todas as cartas que tinham, com o teste nuclear'', disse o enviado da Coréia do Sul para as negociações nucleares, Chun Yung-woo, em um fórum. ''Considerando a difícil situação de economia e de energia da Coréia do Norte, eles teriam que pensar muito antes de desistir com esta escala de benefícios.''

Depois de décadas de armamento militar e desenvolvimento nuclear, a Coréia do Norte disse em outubro que conduziu seu primeiro teste nuclear.

Mas suas indústrias estão com problemas e sua produção agrícola não é suficiente para alimentar o povo. O país comunista recluso dependia de ajuda da aliada China e da vizinha Coréia do Sul.

Pyongyang fez teste múltiplos com mísseis em julho e em outubro detonou um aparato nuclear, o que irritou a China, que apoiou as sanções econômicas e financeiras adotadas pelo Conselho de Segurança da ONU pelo norte e cortou brevemente a ajuda em energia.

A Coréia do Sul, importante doador de alimentos e fertilizantes, suspendeu a ajuda no ano passado, depois do teste de mísseis.

Chun disse que a Coréia do Sul não tem problemas em arcar com a primeira conta de 50.000 toneladas de ajuda ao Norte, previstas no acordo de terça-feira.

``Pagar primeiro não significa que vamos pagar mais. Então, mesmo de um ponto de vista simbólico, acho que é apropriado pagarmos primeiro'', disse.

Se Pyongyang fechar sua instalação em Yongbyon dentro de 60 dias, a Coréia do Norte receberá mais 950.000 toneladas de combustível, ou ajuda equivalente, depois que adotar mais passos para desativar suas capacidades nucleares.

O acordo pede também para a Coréia do Norte revelar totalmente suas instalações nucleares, incluindo a existência ou não de um programa de urânio altamente enriquecido. Chun disse que Pyongyang ficou contente em levar os Estados Unidos a debaterem o relacionamento entre os países, o que incluirá visitas de Kim Kye-gwan, enviado de Pyongyang, e de Christopher Hill, dos EUA, às capitais.

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