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A mais recente tentativa de resolver a crise política na Bélgica falhou nesta segunda-feira depois que políticos da região de língua francesa do país rejeitaram uma proposta de coalizão feita por um partido separatista da parte flamenga, o N-VA.

O líder do N-VA, Bart De Wever, apresentou um plano de 48 páginas no domingo sobre o futuro do país, descrevendo-o como um compromisso que equilibre os pedidos de mudança da região flamenga com as preocupações da parte de língua francesa.

Os três partidos da área de língua francesa, que vinham mantendo negociações para a formação de uma coalizão de sete partidos, consideraram a proposta inaceitável.

Os líderes políticos belgas tentam sem sucesso formar um novo governo há mais de quatro meses, desde a eleição parlamentar na qual o N-VA conquistou a maioria das cadeiras.

O impasse resulta da exigência dos partidos flamengos de mais poderes para sua região, Flandres, enquanto os grupos da parte francesa encara essa reivindicação como um passo para a divisão da Bélgica, à qual eles se opõem.

De Wever havia recebido do rei a incumbência de encontrar um ponto comum entre os sete partidos, em uma "missão de esclarecimento" de dez dias, que se encerra nesta segunda-feira.

Pela proposta de De Wever, as regiões iriam decidir suas políticas para o mercado de trabalho, teriam um sistema judicial mais autônomo e controlariam 45 por cento dos impostos arrecadados.

O jornal flamengo De Morgen avaliou que parece cada vez mais provável a realização de uma nova eleição parlamentar.

A Bélgica precisa de um governo que contenha uma relação dívida/PIB que é a terceira mais elevada na Europa e cuja previsão é de aumento acima de 100 por cento no ano que vem, embora o governo interino tenha ganhado tempo com um déficit orçamentário relativamente benigno de 4,8 por cento do PIB este ano.

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