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Comunicação

Cristina abre licitação de TV em ano eleitoral

Presidente argentina quer 12 novas emissoras de televisão até outubro, mês das eleições presidenciais

Casaco do falecido presidente Juan Domingo Perón seria leiloado | Marcos Brindicci/Reuters
Casaco do falecido presidente Juan Domingo Perón seria leiloado (Foto: Marcos Brindicci/Reuters)

Buenos Aires - De olho nas eleições presidenciais de outubro, o governo de Cristina Kirchner vai abrir licitação para 12 emissoras de tevê em Buenos Aires e várias outras no interior. A administração federal utiliza a polêmica Lei de Mídia, aprovada no final de 2009, para que as novas emissoras comecem a competir com a televisão a cabo antes de outubro. A estratégia eleitoral envolvendo emissoras de tevê faz parte da disputa que a Casa Rosada trava, há quase três anos, com a principal holding multimídia do país, o Gru­­po Clarín, dono da maior tevê a cabo local, Cablevisión, e do ma­­ior jornal.

O governo pretende mudar completamente o mapa da mídia argentina para facilitar os objetivos políticos de Cristina Kirch­­ner. Para tanto, o responsável pe­­la aplicação da lei, Gabriel Ma­­riotto, concluirá, nos próximos dias, o chamado "plano técnico de tevê digital", que contém um levantamento detalhado sobre as frequências disponíveis para a realização de licitações públicas. Mariotto é titular da Autoridade Federal de Serviços de Comu­­ni­­cação Audiovisual (Afsca) e busca, especialmente, canais locais gratuitos para permitir o livre acesso da população.

Atualmente, o Executivo possui seis emissoras próprias e outras cinco aliadas. Com as no­­vas licitações, serão 23 canais de televisão gratuitos que darão ao governo uma poderosa arma de convencimento. A tarifa da assinatura básica de Cable­­visión é de 141,80 pesos (cerca de R$ 60) e a Casa Rodada está convencida de que "será difícil al­­guém querer pagar para ver tevê quando houver tantos canais gratuitos à disposição", disse uma fonte ligada a Mariotto.

Corrida presidencial

Cristina Kirchner começa o ano na liderança da disputa pela Pre­­­­sidência. Pesquisa feita pelo Cen­­tro de Estudos de Opinião Pú­­blica (Ceop) em janeiro mostra a presidente com 43,3% das in­­tenções de voto, mais de 30 pontos de van­­tagem sobre qualquer rival. O prefeito de Buenos Ai­­res, Mau­­ricio Macri, líder do Pro­­­­pos­­ta Re­­publicana (PRO), re­­cebeu 11,8% das intenções de vo­­to. Em seguida, com 10,4%, aparece o deputado Ricardo Al­­fonsín, fi­­lho do falecido ex-presidente Raúl Al­­fonsín, da União Cívica Ra­­di­­cal (UCR), segunda força parlamentar. O vice-presidente argentino, Julio Cobos, tem 7,8%.

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