A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse neste domingo (22) que o atual cenário econômico vivido no país, de grave crise, é uma “responsabilidade do governo”. A ex-presidente faz parte da gestão de Alberto Fernández, com quem vem tendo uma relação conflituosa nos últimos anos e agora tenta se distanciar do mandatário.
A declaração foi dada logo após votar nas eleições presidenciais deste ano, em que o candidato governista Sergio Massa está tecnicamente empatado com o libertário Javier Milei.
Cristina Kirchner enfatizou que seu governo foi até 2015, e agora ela é apenas vice-presidente e presidente do Senado. Ela ainda creditou a Mauricio Macri a “enorme crise inflacionária devido ao endividamento feroz de 2018”.
"O meu governo durou até 2015, aqui eu sou vice-presidente. Presido o Senado e as minhas divergências em 2020 já eram públicas", frisou.
Ao ser questionada sobre como sua gestão seria lembrada, Cristina disse que seus governos “sempre foram lembrados como bons” e rebateu acusações de que ela é a líder da coalizão governante.
Cristina Kirchner ressaltou que espera encontrar um país sensato após as eleições e enfatizou a necessidade de acordos em um momento tão difícil. Disse, ainda, que continuará trabalhando e militando, destacando que a política vai além de cargos e negociações eleitorais.
“Vamos perder o hábito de pensar que só com votação, com cargo, você pode fazer política, que tem que ser deputado ou senador, governador, presidente ou vice para fazer política no peronismo”, afirmou.
Um pouco mais cedo, Fernández se envolveu em uma discussão com jornalistas e disse que “não importa” o que fará após a eleição se Milei vencer a disputa.
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