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Boicote

Reino Unido pede ação da União Europeia

O Reino Unido quer que a União Europeia tome uma atitude em relação ao que considera "ações contra atividades comerciais legítimas" por parte da Argentina, após a ministra da Indústria do país sul-americano, Debora Giorgi, ter defendido o boicote a produtos britânicos como forma de pressionar Londres a negociar a soberania das Ilhas Malvinas.

O governo britânico convocou Osvaldo Marsico, encarregado de negócios da embaixada argentina em Londres, para manifestar seu descontentamento. A diplomacia inglesa disse ao representante argentino que essa ameaça atinge não só Reino Unido, mas toda a União Europeia.

A presidente argentina, Cristina Kirchner, mudou sua estratégia com relação aos voos comerciais que unem o continente sul-americano às ilhas Malvinas (Falk­­lands para os britânicos).

Nos últimos meses, Cristina ameaçou cancelar o único voo semanal que liga a cidade chilena de Punta Arenas a Stanley, capital das Malvinas. A rota sobrevoa espaço aéreo argentino. Duas vezes por mês, o avião para na cidade argentina de Río Gallegos.

Ontem, na sessão de abertura dos trabalhos do Congresso, Cris­­tina disse que pedirá a revisão do acordo, firmado em 1999 entre Argentina e Reino Unido e que permitiu essa conexão, para que os voos para as ilhas saiam de Buenos Aires.

"Instruí o chanceler [Héctor] Timerman e o presidente das Ae­­rolíneas Argentinas [Mariano Re­­calde] para que, em vez dos dois voos mensais que aterrissam em Río Gallegos, sejam três voos, mas que partam de um território continental, desde Buenos Aires até as ilhas, com nossa companhia", disse.

A reportagem viajou nesse voo em janeiro. Nele, em geral, viajam britânicos (ligados à pesca e à exploração de petróleo), chilenos (que trabalham por temporadas nas ilhas), além de veteranos e familiares de soldados mortos, para render homenagem. Há poucos turistas, que em geral preferem a via marítima para chegar às ilhas.

Segundo o jornal Penguin News, das ilhas, o governo das Falklands iria responder à proposta de Cristina.

O anúncio acontece a um mês da comemoração dos 30 anos da Guerra das Malvinas, na qual a Argentina foi derrotada.

O governo argentino levou a disputa pelo território das ilhas às Nações Unidas. Os ar­­gentinos afirmam que as Mal­­vinas foram tomadas pelo Rei­­no Unido.

A ONU defende uma saída diplomática para o conflito.

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