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O Comitê da Cruz Vermelha Internacional (CICV) desmentiu nesta segunda-feira tenha alcançado um acordo com a Rússia para uma operação humanitária no leste da Ucrânia e ressaltou que só participará de algo semelhante se "todas as partes envolvidas" estiverem de acordo e aceitarem suas condições para realizá-la.

Desta maneira, o CICV reagiu ao anúncio da Rússia do envio de ajuda iminente ao leste da Ucrânia no qual supostamente iria colaborar o organismo internacional.

"O CICV está pronto para facilitar tal operação" se houver "o envolvimento, aprovação e apoio de todas as partes envolvidas", disse a entidade em comunicado emitido em Genebra, em referência não apenas ao governo russo, mas também ao da Ucrânia e aos grupos armados pró-Rússia que combatem as forças governamentais nas regiões de Lugansk e Donetsk.

A instituição revelou que entregou às autoridades russas e ucranianas um documento no qual se "especifica a maneira como esta operação deveria acontecer" e esclareceu que antes de sua execução devem ser definidos detalhes práticos.

Essas condições incluem "o acordo de todas as partes que se permitirá ao CICV fornecer a ajuda respeitando os princípios de neutralidade, imparcialidade e independência", que lhe caracterizam.

Além disso, o documento em questão indica que "antes do início da operação, o CICV deve receber sem demora das autoridades russas todos os detalhes necessários relativos à ajuda, incluídos o volume e tipo de artigos, assim como as necessidades de transporte e armazenamento".

Em termos de segurança para que intervenham nesta eventual operação, se assinala igualmente que "todas as partes" devem garanti-la tanto para o pessoal como para os veículos do CICV e isto durante todo o tempo em que esteja em andamento e sob a premissa que a instituição não aceita a presença de escoltas armadas.

"É preciso esclarecer os detalhes práticos desta operação antes que se inicie", afirmou o responsável das operações do CICV para a Europa e Ásia Central, Laurent Corbaz, após confirmar que "é urgente" que a ajude chegue a Lugansk e a outras áreas afetadas pela violência no leste da Ucrânia.

"A situação é crítica. Se sabe que milhares de pessoas não têm acesso à água, eletricidade nem atendimento médico", acrescentou.

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