
Delegações dos Estados Unidos e de Cuba iniciaram ontem em Havana uma nova rodada de conversações sobre assuntos de imigração. A medida é uma tentativa de manter aberto um canal de comunicação depois dos recentes tropeços diplomáticos que prejudicaram os esforços para melhora nas relações bilaterais entre os dois países.
A reunião teve início ainda pela manhã, em um local não revelado de Havana, disse uma fonte diplomática norte-americana. Essa é a segunda reunião desde que a retomada das negociações, em julho de 2009, após uma pausa de seis anos. A iniciativa foi interpretada como um sinal de aproximação da gestão Barack Obama.
Os contatos em Havana, no entanto, ocorrem em clima pouco otimista e sob desgaste provocado pela prisão, em dezembro passado, em Cuba, de um norte-americano acusado de distribuir equipamentos de satélites ilegais a dissidentes do regime comunista de Havana.
"As discussões ocorrerão na melhor forma a promover uma imigração segura, legal e ordenada entre Cuba e os Estados Unidos", disse o Departamento de Estado americano em um comunicado.
A delegação norte-americana é chefiada pelo subsecretário-adjunto de Estado para a América Latina, Craig Kelly. O presidente cubano Raúl Castro criticou a Casa Branca e disse que Obama dá sinais de que busca acabar com o sistema socialista de Cuba, a exemplo de seus antecessores.
A imigração é um tema delicado em Cuba, que acusa os Estados Unidos de fomentar a saída dos dissidentes cubanos e desestabilizar o sistema socialista do país.
-
Evangélicos podem ser foco de resistência na sabatina de Dino ao STF
-
Centrão pressiona por cargos na Funasa às vésperas de votações importantes para o governo
-
As ameaças de Maduro e a bússola moral quebrada de Lula
-
Davi contra Golias: guerra entre Venezuela e Guiana colocaria frente a frente forças militares díspares