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O governo cubano libertará o médico Oscar Elías Biscet, de 49 anos, o mais emblemático dos quatro dissidentes que se recusaram a se exilar em março de 2003, e outras nove pessoas acusadas de cometerem crimes contra a segurança do Estado, as quais deverão viajar à Espanha, informou a igreja católica de Cuba nesta quinta-feira.

Biscet, por sua vez, poderá permanecer no país. Ele foi destacado com a "Medalha Presidencial da Liberdade", concedida pelo ex-presidente dos EUA, Geoge W. Bush, em 2007, e em 2009 recebeu o prêmio "Príncipe das Astúrias da Concórdia", do governo espanhol.

As liberações se darão em virtude de convênio firmado entre a igreja e o governo da ilha, que desde julho do ano passado já libertou 49 dissidentes.

Quarenta deles viajaram à Espanha com seus familiares e nove foram soltos e vivem em Cuba, apenas três aguardam a libertação na cadeia, aqueles três dissidentes que, ao lado de Biscet, se recusaram a sair do país em 2003. Quando da prisão de Biscet, outras 75 pessoas foram detidas e levadas aos tribunais sob a acusação de receberem dinheiro e orientações dos EUA e de grupos interessados em destruir a revolução cubana.

Biscet teria de cumprir sentença de 25 anos de prisão. As nove pessoas que deverão deixar o país são acusadas de pirataria, porte de armas e terrorismo. Foi em julho de 2010, após reunião entre o cardeal Jaime Ortega e o presidente Raúl Castro que se iniciou paulatinamente as libertações dos dissidentes. O então chanceler espanhol Miguel Angel Moratinos participou do encontro. As informações são da Associated Press.

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