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Vista de Havana, capital de Cuba, em novembro de 2022
Vista de Havana, capital de Cuba, em novembro de 2022| Foto: EFE/Yander Zamora

Cuba desmentiu categoricamente, nesta quinta-feira (8), a notícia publicada pelo jornal americano The Wall Street Journal de que a ditadura da ilha teria assinado um acordo com a China para permitir a instalação de um grande centro secreto de espionagem no seu território. Segundo a publicação, a base permitiria que os serviços de inteligência chinesa interceptassem comunicações eletrônicas em todo o sudeste dos EUA, onde estão localizadas bases militares, e monitorassem o tráfego de navios americanos.

Em declarações à imprensa, o vice-ministro das Relações Exteriores cubano, Carlos Fernández de Cossío, afirmou que são "informações infundadas", "calúnias" e "falácias" destinadas a justificar as sanções dos Estados Unidos contra Cuba e a desestabilizar a ilha. Segundo o vice-chanceler, o país rejeita "qualquer presença militar" na América Latina e no Caribe, incluindo a presença dos EUA em Guantánamo, no leste de Cuba.

De acordo com o jornal nova-iorquino, Cuba receberia "bilhões de dólares" como contrapartida pela cessão do território à China. "Este tipo de calúnia foi muitas vezes fabricado por funcionários americanos, aparentemente familiarizados com informações dos serviços secretos", criticou Fernández de Cossío.

O diplomata relacionou o conteúdo do artigo do jornal com outras informações que foram publicadas no passado, como os "supostos ataques acústicos contra pessoal diplomático" dos EUA em Cuba, "a inexistente presença militar cubana na Venezuela" e "a existência imaginária de laboratórios de armas químicas" no país.

"A hostilidade dos Estados Unidos contra Cuba e as medidas extremas e cruéis que causam danos humanitários e castigam o povo cubano não podem ser justificadas de forma alguma", concluiu.

Em declarações à emissora americana MSNBC, John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, afirmou que a reportagem do jornal é "inexata", mas que os EUA "estão concentrados em garantir que podem mitigar qualquer ameaça da China na região".

Tensão

Nos últimos meses, aumentou a tensão entre os Estados Unidos e a ditadura chinesa, depois que a China rejeitou uma reunião entre oficiais militares americanos e chineses e posicionou agressivamente suas forças militares no Mar da China Meridional, o que causou confrontos com destacamentos americanos na região. Além disso, no início do ano, os EUA abateram um suposto balão de espionagem chinês que se infiltrou no espaço aéreo americano em janeiro.

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