Acordo
Venezuela garante petróleo por mais dez anos à ilha comunista
Cuba e Venezuela comemoraram sua aliança socialista de uma década na segunda-feira em uma cerimônia que estende formalmente o pacto de cooperação econômica e garante o fluxo regular de petróleo aos cubanos por mais dez anos. Castro e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, exaltaram a extensão do pacto como uma demonstração da continuidade da solidariedade.
"Esse relacionamento se fortaleceu durante os últimos dez anos e deve continuar sua ascensão", disse Castro para um público de autoridades cubanas e venezuelanas e membros do Partido Comunista de Cuba. "Nenhuma dificuldade conseguiu paralisar o desenvolvimento desses laços", disse ele. "Esse acordo é um marco inaugural... para tudo o que conquistamos nesses dez anos, e pelo que continuaremos a conquistar nos dez que virão e nos cem que virão", disse Chávez.
Inimigo comum
Os países assinaram pela primeira vez o Acordo de Cooperação Integral em outubro de 2000 e depois aumentaram seus laços econômicos e políticos. A aliança é fundamentada em uma crença comum em princípios socialistas e na animosidade contra os Estados Unidos, país a que Castro e Chávez se referem frequentemente como "o império"
Havana - Cuba pretende acabar com as empresas estatais não rentáveis, reduzir suas despesas sociais ao remover o carnê de auxílio à alimentação e estimular empresas privadas, dando acesso a créditos bancários, segundo um projeto quinquenal do governo publicado ontem. O projeto servirá de base a debates populares que devem ser conduzidos em abril de 2011 durante o VI Congresso do Partido Comunista, o primeiro desde 1997, para decidir as linhas políticas e econômicas do país para os próximos cinco anos, anunciou na segunda-feira o presidente Raúl Castro, segundo secretário do PCC. O primeiro secretário do PCC continua sendo seu irmão e pai da Revolução, Fidel, de 84 anos.
O Estado cubano, que lançou em outubro uma grande reforma trabalhista prevendo a eliminação de 500 mil postos de trabalho no setor público até o fim do primeiro trimestre de 2011 (10% da população ativa), procura relançar sua economia exaurida ao reduzir as despesas e aumentar a produtividade.
Relembrando o fim do igualitarismo salarial decidido por Raúl Castro para recompensar os melhores trabalhadores, o projeto quinquenal prevê que "as rendas dos trabalhadores das empresas públicas sejam relacionadas aos resultados finais obtidos". O salário médio mensal é de cerca de 20 dólares em Cuba.
O Estado, que controla mais de 90% da economia, quer eliminar as empresas não rentáveis e "estimular as empresas de capital misto, as cooperativas, os usufrutuários de terras" do Estado não exploradas e os trabalhadores independentes. Para isso, o governo oferecerá "serviços bancários necessários para empréstimos ao setor privado".
Raúl Castro já havia decidido aumentar a idade de aposentadoria em cinco anos 60 anos para as mulheres e 65 para os homens.
Amplamente dependente das importações e do apoio do aliado venezuelano, que também se encontra em dificuldades econômicas apesar do petróleo do país, o Estado cubano está devastado pela grande burocracia, pela corrupção que alimenta um imenso mercado negro e um embargo americano em vigor há quase meio século.
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