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O casal Jair e Fabia cancelou a viagem para o México que faria em julho | Rodolfo Buhrer / Gazeta do Povo
O casal Jair e Fabia cancelou a viagem para o México que faria em julho| Foto: Rodolfo Buhrer / Gazeta do Povo

Curitiba - Preocupados com a gripe suína, curitibanos estão evitando viajar ao México. Não há um balanço oficial de cancelamentos e adiamentos, mas é consenso entre os agentes de viagem que o destino é visto com maus olhos. A orientação dos agentes, inclusive, é que os passageiros não viajem ao México neste momento. Quem não pode cancelar a viagem, deve assinar um documento se responsabilizando pelos riscos, segundo o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagem do Paraná (Abav-PR), Antônio Azevedo. "A agência de viagem é obrigada a informar aos clientes eventuais perigos. Estamos recomendando que os associados façam isso."

Liz Menegaz, supervisora operacional da New Line Operadora, diz que a média de cancelamentos e alterações de viagem ao México ficou entre 15 e 20% na última segunda-feira em Curitiba. A empresa tem filiais em seis estados e registrou índice de 40% de desistência em Blumenau, Santa Catarina.

Os agentes orientam que o turista espere um pouco para decidir se quer ou não embarcar. O advogado curitibano Jair Roberto Pierotto, porém, preferiu cancelar logo sua viagem. Com passagem marcada para julho rumo a Cidade do México e a Cancún, Pierotto está pensando em outro destino para passar as férias com a namorada e os filhos. "Minha namorada foi ao médico e ela comentou que queria ir para o México em julho e fazer exames antes. Ele foi incisivo dizendo que não era para ela ir", afirma o advogado. "Embora já soubéssemos do problema, ainda não tínhamos nos tocado da gravidade. O médico deu um empurrãozinho."

A curitibana Katia Cristina Ribeiro Suplicy, que há seis meses mora no México, diz que o cenário está desolador. Ela evita deixar sua casa, mas conta que, pelo pouco que viu nas ruas, muitas pessoas estão usando "cubrebocas" (máscaras cirúrgicas), que o governo tem distribuído nos pontos de metrô e em algumas ruas da cidade. "Me choca ver os mexicanos falantes e expansivos nesta situação, evitando o contato com os demais."

A jornalista Mônica Panis Kaseker, completa que "tomando alguns cuidados básicos, podemos ter uma vida relativamente normal."

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