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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Pequim – A China advertiu ontem que a decisão do Congresso dos Estados Unidos de homenagear o dalai-lama afetará seriamente as relações bilaterais e exigiu do Parlamento americano que cancele a concessão de uma prestigiosa honraria ao líder religioso tibetano.

O dalai-lama foi recebido ontem pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, na ala residencial da Casa Branca. A cerimônia de entrega da Medalha de Ouro do Congresso está marcada para hoje. A medalha é a mais importante honraria civil concedida pelo Parlamento americano. Nenhuma foto foi feita do encontro entre o dalai-lama e Bush e nenhum veículo de mídia teve acesso à reunião. A Casa Branca mudou o seu curso típico e decidiu não divulgar nenhuma foto do encontro, nem mesmo um comunicado sobre o assunto.

"Nós não queremos, de maneira alguma, que a China sinta que nós estamos fazendo uma provocação. Nós temos muitas relações de amizade com a China, em várias questões," disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Dana Perino. Segundo ela, Bush e o dalai-lama aparecerão juntos hoje em fotos, durante a visita ao Congresso.

"Nós exigimos solenemente que os Estados Unidos cancelem esses preparativos extremamente errados", disse Yang Jiechi, ministro das Relações Exteriores da China, durante conversa com jornalistas em Pequim.

"Isso viola seriamente as normas das relações internacionais e fere seriamente os sentimentos do povo chinês, além de consistir em interferência em um assunto interno da China", prosseguiu.

O dalai-lama é celebrado em grande parte do mundo como uma figura de autoridade moral, mas Pequim o acusa de tentar destruir a soberania da China por defender a independência do Tibete. O líder religioso, por sua vez, alega estar em busca de "autonomia verdadeira", e não da independência do Tibete.

Fuga

O Dalai Lama estabeleceu-se na Índia desde que fugiu do Tibete em 1959, quando um levante armado contra Pequim fracassou. O Tibete é parte integrante da China moderna. A China reivindicou soberania sobre o território himalaio no século XVII.

O Tibete chegou a tornar-se independente em 1912, depois da queda da dinastia Qing, mas foi reanexado oficialmente em 1950, meses depois da revolução liderada por Mao Tsé-tung, que levou os comunistas ao poder em Pequim.

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