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Protesto de estudantes contra o presidente da Venezuela | George CASTELLANO/AFP
Protesto de estudantes contra o presidente da Venezuela| Foto: George CASTELLANO/AFP

Enquanto a oposição venezuelana intensifica sua ofensiva para tirar Nicolás Maduro do poder, o presidente respondeu à iniciativa dos parlamentares com um discurso intenso em Caracas nesta quinta-feira. O mandatário afirmou que ninguém poderá tirá-lo do Palácio de Miraflores — a que chamou de casa — e, consequentemente, do seu cargo como presidente do país. O discurso de Maduro veio logo após o anúncio dos oposicionistas sobre a ativação de três estratégias para concretizar uma intensa campanha contra a sua permanência no poder.

“Querem me tirar daqui, mas daqui ninguém me tira, companheiros”, declarou o presidente em uma cerimônia para lançar uma iniciativa de combate à crise econômica venezuelana. “Aqui ninguém se rende. Aqui nós vamos adiante com trabalho e mais trabalho.

Depois de meses de ameaças para mudar o governo de Maduro, a coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) concordou unanimemente nesta quinta-feira em ativar, ao mesmo tempo, três vias para encurtar o mandato do presidente: a alteração da Constituição, a convocação de um referendo revogatório, e o pedido de renúncia. Os parlamentares de oposição, que tem a maioria dos assentos da Assembleia Nacional, justificam a iniciativa como saída para a maior crise política e econômica enfrentada pela Venezuela em décadas.

Os oposicionistas também afirmam que promoverão imediatamente uma “campanha nacional exigindo a renúncia” de Maduro.

“Não podemos nos suicidar tendo apenas uma carta na manga. Precisamos de várias estratégias e de um sentido político comum”, defendeu o deputado opositor Américo De Grazia.

A convocação de um referendo revogando o mandato de Maduro parece ser a opção mais simples, já que não precisaria passar pela aprovação de nenhuma instância. Como o sucessor de Hugo Chávez chega este ano à metade do seu mandato de seis anos, para colocá-lo em prática, seria preciso recolher 4 milhões de assinaturas, processo que “já está sendo encaminhado”, de acordo com De Grazia — que não forneceu mais detalhes à imprensa.

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