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O ministro Celso Amorim: “Tem gente que dá tiro no pé” | Antonio Cruz/ABr
O ministro Celso Amorim: “Tem gente que dá tiro no pé”| Foto: Antonio Cruz/ABr

Brasília - O projeto de integração física da América do Sul será afetado diretamente pela decisão do Equador de submeter a uma arbitragem internacional seu calote de US$ 243 milhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A advertência foi feita ontem pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, a apenas 13 dias da reunião de cúpula da União de Nações Sul-americanas (Unasul), mecanismo que tem na integração física da região um de seus três pilares, e em um momento de "atenção" do Itamaraty sobre o possível calote de outros vizinhos ao BNDES. A instituição desembolsou cerca de US$ 3 bilhões para obras na região.

"Em uma situação mundial em que poucas são as fontes de empréstimo, em que os países querem fazer obras e em que o Brasil tem se disposto a dar continuidade aos empréstimos com as garantias adequadas, não acho que seja provável acontecer (novos calotes no BNDES)", afirmou Amorim.

"Mas eu já me enganei. Tem gente que dá tiro no pé. Espero que não seja este o caso", completou ele para a imprensa, ao final de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

Diante da ameaça latente de novos calotes, a diplomacia checou com o Ministério da Economia da Venezuela sobre uma possível revisão da dívida externa. A resposta mostrou-se vaga, segundo Amorim: "Não havia ainda uma decisão a respeito".

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