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Beirute – A promessa européia de enviar rapidamente tropas ao sul do Líbano foi recebida ontem com satisfação e alívio em Beirute, que espera, dessa forma, um forte apoio ao envio de seu Exército e o fim do bloqueio israelense. Em Israel, onde o premier Ehud Olmert enfrenta pressão popular por sua renúncia pelo suposto fracasso da ofensiva contra o Hezbollah, o quadro também traz tranqüilidade.

"Israel cumprimenta os países europeus por sua decisão de enviar esse contingente para a força internacional no Líbano", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense, Mark Regev, assinalando que a decisão irá contribuir para a aplicação da resolução 1.701 do Conselho de Segurança da ONU.

"As promessas européias representam um passo positivo e importante, recebido com grande satisfação pelo Líbano", afirmou Mohamad Challak, assessor diplomático do premier libanês Fuad Siniora. "Após um momento de atraso e dúvida, a coluna vertebral da força está formada, de modo que será possível acelerar a retirada israelense e o envio do Exército libanês ao sul do país", assinalou.

A nova Finul, que irá substituir a atual, composta por 2 mil soldados, também faz parte da resolução 1701. A França, com 2 mil homens, e a Itália, com 3 mil, serão seus principais contribuintes. Também haverá cerca de 1,2 mil militares espanhóis, e mais de 300 belgas, 250 finlandeses e 500 poloneses.

A Europa indica que obteve garantias de segurança para suas tropas em solo libanês. Israel continua ocupando regiões do sul do Líbano, à espera das tropas internacionais, enquanto milicianos do Hezbollah implantaram-se na área e se negam a depor as armas.

"A França obteve um esclarecimento importante sobre o uso da força", assinalou a responsável pela pasta de Defesa em sua entrevista ao Wall Street Journal. Ela explicou que, segundo as regras normais das Nações Unidas, uma patrulha de capacetes azuis que for bloqueada em uma estrada por milicianos não pode usar a força se os mesmos não o fizerem. "Conseguimos, agora, autorização para usar a força em um caso assim", explicou. A França também conseguiu que haja um comando único em terra, sem a intervenção de um representante civil das Nações Unidas, cujas decisões, em alguns casos, podem entrar em contradição com as militares.

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