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O declínio da pandemia de gripe H1N1 provavelmente será seguido por novas e desconhecidas cepas de gripe sazonal, que devem ser observadas com cuidado pelas autoridades sanitárias para a tomada de medidas de proteção, afirmaram especialistas europeus em gripe na sexta-feira.

O Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) advertiu que os vírus de gripe "nunca ficam parados" e disse que os governos não devem relaxar com relação aos programas de vacinação contra a gripe H1N1, e sim permanecerem em alerta para possíveis mudanças no vírus e novas cepas.

"O padrão histórico das influenzas humanas é de, após as pandemias, o mundo experimentar um novo mix de vírus", escreveu o especialista do ECDC Angus Nicoll na revista científica Eurosurveillance.

Em uma entrevista por telefone, Nicoll afirmou que, embora os sinais oriundos de muitas partes da Europa e dos Estados Unidos sugiram o declínio da circulação do H1N1, ainda é muito cedo para dizer que a pandemia acabou.

Ele observou que o vírus responsável pela última pandemia em 1968-1970 passou a ser transmitido com maior facilidade entre o primeiro e o segundo inverno; com isso, houve mais casos e mortes no segundo inverno (1969-1970) em ao menos dois países da Europa.

Uma pandemia anterior em 1957-1958 também apresentou um declínio antes do Natal de 1957, mas depois retornou e causou um aumento nas mortes relacionadas à gripe no ano de 1958.

Na pandemia atual, as novas infecções pela gripe H1N1 caíram drasticamente nas últimas semanas e alguns governos ficaram com um grande estoque de vacinas encomendadas para proteger as populações contra o vírus surgido em março último.

A vacinação tem sido limitada em alguns países e a recomendação dos especialistas de que uma dose é suficiente para proteger contra o vírus, em vez das duas doses inicialmente previstas, levou alguns governos terem mais do que o necessário.

Os dados mais recentes do ECDC, que monitora a ocorrências de doenças na União Europeia, indicam que a H1N1 - também conhecida por gripe suína - matou mais de 11.600 pessoas em todo o mundo, mais de 2 mil delas na Europa.Nicoll afirmou que a pandemia de gripe não interrompeu a circulação de outros vírus da gripe nos últimos meses, mas o H1N1 foi a cepa predominante, significando que seu declínio poderia abrir o caminho para um novo mix de vírus conhecidos como gripes sazonais ou interpandêmicas.

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