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A Defensoria do Povo do Peru pediu neste domingo (29) que sejam investigadas as condições em que operam os centros de reabilitação para viciados em álcool e drogas, após a morte de 27 pessoas neste sábado (28), num incêndio em um desses centros, em um bairro de classe baixa de Lima.

"Vamos investigar se as pessoas foram internadas contra a sua vontade nesse centro terapêutico, e que tipo de tratamento médico recebiam, se eram sujeitas a abusos devido à informalidade de seu funcionamento", assinalou Malena Pineda, chefe do Programa de Direitos das Pessoas com Incapacidades da Defensoria.

O Ministério Público confirmou neste domingo (29) a morte de um dos feridos no incêndio, elevando para 27 o número de vítimas fatais.

Segundo Malena, o Ministério da Saúde tem sérias limitações para exercer o controle desses centros privados, "já que muitos deles, como o centro de reabilitação Cristo é Amor, onde ocorreu o incêndio, impede o acesso." "Os diretores desses estabelecimentos não querem fiscalização, não abrem a porta, e o que dizem é que não são centros de saúde, e sim, cristãos".

O chefe dos bombeiros Edson Matuone Nalvarte disse à emissora RPP que o local "não cumpria as normas mínimas de segurança, existia uma aglomeração de camas e pessoas".

O incêndio aconteceu no primeiro andar, "devido à queima de um colchão, e o fogo se espalhou, sem que nenhuma pessoa pudesse apagá-lo", disse Antonio Zavala, comandante geral do Corpo de Bombeiros, acrescentando que as mortes foram causadas por asfixia, já que as portas de ferro do centro estavam fechadas e os jovens não conseguiram escapar.

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