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A defesa do primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, pediu nesta segunda-feira (3) a suspensão do julgamento pelo caso Ruby, no qual é acusado de incentivo à prostituição de menores e abuso de poder, até que o Tribunal Constitucional se expresse sobre um suposto conflito de competências.

O Tribunal de Milão recusou a solicitação da defesa. Após várias horas de deliberações, os juízes da Quarta Seção Penal do Tribunal de Milão anunciaram que o julgamento do chefe do governo italiano iria continuar, e que não ficaria suspenso até 15 de fevereiro, como haviam pedido os advogados de Berlusconi.

Os juízes, segundo a imprensa italiana, qualificaram, como "explicitamente infundada" a intenção dos advogados de Berlusconi, Piero Longo e Niccolò Ghedini, de apresentar uma questão de inconstitucionalidade. Os defensores alegavam que a lei seria "inconstitucional na parte em que não prevê a obrigatoriedade de suspender processos como este quando não viriam tuteladas as prerrogativas do chefe de governo".

A Promotoria de Milão atribui a Berlusconi um crime de abuso de poder pela ligação a uma delegacia de Milão em 27 de maio de 2010 para que fosse liberada a jovem marroquina Karima El Mahroug, conhecida como "Ruby", detida por roubo, alegando que ela era sobrinha do então presidente egípcio, Hosni Mubarak.

Mas, segundo o recurso apresentado, Berlusconi atuou por "motivos institucionais" nessa ligação, pensando que Ruby era mesmo sobrinha do então presidente do Egito, e que, portanto, o caso deveria ser entregue ao Tribunal de Ministros.

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