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O avião no qual se encontra o ex-técnico da CIA (agência de inteligência americana), Edward Snowden, acusado de espionagem nos Estados Unidos, aterrissou por volta das 10h15 (horário de Brasília) deste domingo (23) em Moscou, informaram agências russas. Ele veio de Hong Kong e deve seguir viagem para um terceiro país, ainda não confirmado.

"Ele está seguindo para uma nação democrática através de uma rota segura para efeitos de asilo e está sendo escoltado por diplomatas e assessores jurídicos do WikiLeaks", disse o grupo em um comunicado em seu website.

A agência de notícias russa Interfax citou uma fonte da companhia aérea Aeroflot dizendo que havia um bilhete em nome de Snowden para o trajeto Moscou-Cuba. Já a agência Itar-Tass disse que Snowden voará de Havana a Caracas, capital venezuelana.

Segundo fontes da agência "Interfax", Snowden, cuja extradição foi solicitada pelos EUA, pode passar esta noite na embaixada da Venezuela em Moscou em vez de esperar o voo a Caracas de amanhã na zona de passagem do aeroporto Sheremétyevo, como tinha sido informado anteriormente.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos declarou hoje que irá pedir a cooperação das autoridades judiciárias dos países para os quais o ex-consultor poderia se dirigir.

A porta-voz do Departamento de Justiça americano, Nanda Chitre, informou que Snowden deixou Hong Kong "para um terceiro país", apesar do pedido de extradição apresentado pelos Estados Unidos, e que seu país buscará a "cooperação judicial com outros países para onde Snowden pode tentar buscar refúgio."

"Os documentos fornecidos pelo governo dos EUA não cumprem integralmente os requisitos legais sob a lei de Hong Kong. Não há base legal para restringir o Sr. Snowden de sair do país", disse o governo de Hong Kong em nota. Ainda de acordo com o comunicado, Snowden deixou Hong Kong "por sua própria vontade, através de um canal legal e normal."

Autoridades norte-americanas acusaram Snowden com roubo de propriedade do governo dos EUA, comunicação não autorizada de informações de defesa nacional e de comunicação intencional de dados de inteligência confidenciais a uma pessoa não autorizada, com as duas últimas acusações relacionadas à Lei de Espionagem dos EUA.

O diretor da NSA, general Keith Alexander, anunciou também hoje a implantação de novas medidas de segurança para impedir o vazamento de informações. "Colocamos em prática medidas que possibilitarão vigiar nossos administradores de sistemas, o que fazem, de que se ocupam", declarou Alexander à ABC.

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