O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, voltou a desafiar os EUA ontem ao dizer que a atenção à exigência palestina para a retomada da negociação de paz, o fim das construções judaicas em Jerusalém Oriental, poderá estender o silêncio, que já dura 15 meses, em mais um ano.
"Não podemos ficar presos a uma demanda ilógica e irracional, disse, em seu segundo dia de visita a Washington.
Os palestinos querem Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado e, com apoio de boa parte da comunidade internacional, condenam as colônias judaicas nas áreas ocupadas na Guerra dos Seis Dias.
Netanyahu está em um cabo de guerra com os EUA por seu posicionamento há duas semanas. O problema começou com um anúncio de novas construções durante visita do vice-presidente Joe Biden. O ato não só constrangeu o americano como fez os palestinos recuarem da retomada do diálogo por vias indiretas o único avanço do governo Obama no tema.
O presidente Barack Obama segue distante da polêmica e recebeu Netanyahu longe da mídia, num ato incomum lido como indício de que ou o premiê não deu contrapartida às declarações confrontadoras ou que elas foram consideradas insuficientes.
Nabil Abu Rdainah, assessor da Autoridade Nacional Palestina, disse que Israel põe os esforços de paz "em risco". "Jerusalém Oriental é capital do Estado da Palestina, e esse é o único caminho para um acordo, acrescentou.
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