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Durante a corrida eleitoral, candidatos democratas aproveitaram para fazer uma espécie de manifesto anti-Trump | CHIP SOMODEVILLA/AFP
Durante a corrida eleitoral, candidatos democratas aproveitaram para fazer uma espécie de manifesto anti-Trump| Foto: CHIP SOMODEVILLA/AFP

Candidatos do Partido Democrata conseguiram, nesta terça-feira (7), se eleger na corrida eleitoral para prefeito e governadores em Nova York, Nova Jersey e Virgínia, nos Estados Unidos. Para a prefeitura nova-iorquina, os eleitores escolheram Bill de Blasio para ser reeleito. Nos estados de Nova Jersey e Virgínia, a população deu aos candidatos democratas vitórias no cargo de governador.

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Bill de Blasio foi o primeiro político do partido democrata reeleito na cidade desde Edward Koch, em 1985. O democrata, que ignorou acenos de milionários em seus primeiros quatro anos no comando da maior metrópole americana, recebeu 66,1% dos votos. Já a sua rival republicana, Nicole Malliotakis, havia recebido 28,1% dos votos, após a apuração de 97% das urnas, segundo a imprensa local.  

Estratégia

De Blasio, que afirmou que sua reeleição "envia uma mensagem à Casa Branca", aproveitou sua campanha - e seu discurso de vitória - para fazer uma espécie de manifesto anti-Trump. "Se você se volta contra os valores de sua cidade natal, sua cidade resistirá", disse De Blasio em referência ao presidente, nascido na metrópole, diante de simpatizantes reunidos no Brooklyn Museum.  

Às vésperas da eleição, ele levou ao palanque nomes fortes de sua legenda, como os senadores Bernie Sanders e Elizabeth Warren, possíveis presidenciáveis em 2020. Sua estratégia foi fazer de Nova York um reduto de resistência às políticas anti-imigração de Trump. Bill de Blasio se aproveitou, inclusive, da desaprovação do presidente americano. Trump amarga os piores índices de aprovação de um ocupante da Casa Branca no fim do primeiro ano de mandato: 59% rejeitam o republicano.

Em defesa de sua agenda progressista, o prefeito comprou brigas com a polícia, pela abordagem agressiva a suspeitos, em especial a negros, e conseguiu baixar a criminalidade.  

Ele ainda deu benefícios a trabalhadores, como remuneração durante afastamentos por motivos de saúde, garantiu acesso à pré-escola a todos os alunos da rede pública e se esforçou para ampliar a oferta de moradia subsidiada aos mais pobres, embora o número de sem-teto na cidade tenha aumentado.

Governadores

Na corrida eleitoral da Virgínia, o vice-governador democrata Ralph Northam derrotou o republicano Ed Gillespie. Em Nova Jersey, Phil Murphy bateu com folga o vice-governador republicano Kim Guadagno para suceder o impopular governador republicano Chris Christie.  

A vitória de Northam é vista como um revés importante para os republicanos, que esperavam que Gillespie pudesse trazer uma via para uma ala mais moderada do partido nas próximas eleições legislativas de meio de mandato de Trump. Vários republicanos anunciaram planos de aposentadoria no próximo ano, em vez de buscar a reeleição, e a derrota de Gillespie pode levar a mais anúncios do tipo.  

As vitórias democratas também são outro sinal da mudança da Virgínia rumo a um eleitorado mais liberal. Os democratas ainda tiveram um bom resultado no Legislativo estadual. Os democratas conseguiram pelo menos 13 das 17 cadeiras que precisavam para retomar o Legislativo estadual pela primeira vez em duas décadas. Nesta eleição, todos os 100 postos estavam em aberto.  

Danica Roem, uma candidata transgênero democrata, foi a primeira pessoa abertamente transgênero a ser eleita em um legislativo estadual nos Estados Unidos. A jornalista de formação derrotou o republicano Bob Marshall, um dos legisladores da Virgínia há mais tempo no poder e um dos mais conservadores. 

Com informações da Associated Press.

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