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Histórias de horror, morte e perplexidade estão emergindo da catástrofe provocada pela passagem do furacão Katrina pelos EUA. Conheça alguns desses relatos:

"Segurei sua mão o mais forte que pude. Ela me disse: 'Você não pode me segurar'. Então ela me disse para cuidar dos filhos e dos netos(...) Nós não temos para onde ir. Estou perdido. Isso é tudo o que eu tinha." (Morador de Biloxi, no Mississippi, em entrevista à TV WKRG. Ele tentou em vão salvar a esposa da enxurrada. A casa deles se partiu pela metade.)

"Não lá nada lá. Há destroços caindo das árvores. Tudo o que encontrei que pertencia a mim foi um sapato. Nada mais restou." (Suzanne Rodgers, funcionária de um hotel, ao retornar para sua casa à beira-mar, perto de Biloxi.)

"A baía de Biloxi vei à nossa porta da frente. Estávamos prontos para fazer um buraco no teto se tivéssemos que escapar."(Charles Curtis, residente de Biloxi que trabalha em um cassino que foi partido ao meio, em entrevista à CNN.)

"Quase nos afogamos em nossa casa. Acabamos de nos mudar da Flórida para ficar longe de furacões. Não temos lugar para ficar. Nosso carro, nosso caminhão, nossa van cheia de móveis. Perdemos tudo." (Linda Boldt, de 57 anos, em depoimento à agência Reuters.)

"Eu imaginei que seria ruim, mas não tão severamente como isso se tornou. A casa simplesmente se encheu de água. Isso me forçou a ir ao sótão e, então, derrubei a parede e subi em uma árvore(...) As casas ao meu redor estava desaparecendo." (Mike Spencer, morador de Gulfport, no Mississippi, em entrevista ao programa "Today", da rede NBC. Da árvore, onde passou horas, ele acompanhou a sua casa e a dos vizinhos ruirem.)

"Atrás de nós temos um lindo amanhecer e um lindo pôr do sol, e isso vai ser o que vou perder mais, sentada na varanda assistando a isso (a casa ruir)." (Anne Anderson, vizinha de Spencer, falando ao mesmo programa. Ela perdeu a residência e objetos de mais de 150 anos.)

"Meu coração está pesado esta noite. Não tenho qualquer boa notícia para realmente dividir. A cidade de Nova Orleans se encontra em estado de devastação." (Ray Nagin, prefeito de Nova Orleans, a uma emissora de rádio, na noite de segunda-feira.)

"Esta é nossa tsunami." (Prefeito de Biloxi, AJ Holloway, ao jornal "Sun Herald", comparando a passagem do Katrina ao maremoto que devastou vários países do Sul da Ásia em dezembro de 2004.)

"A devastação é maior do que em nossos piores temores." (Kathleen Blanco, governadora da Louisiana, em entrevista coletiva.)

"Esta é uma história de horror. Preferiria estar lendo sobre ela em outro local a vivê-la." (Aaron Broussard, presidente da comunidade de Jefferson, que inclui a região de Grand Isle, onde o olho do Katrina tocou a terra.)

"Não tínhamos mais uma casa. Tudo se foi(...) Não havia sinal de nosso carro que ficou na estrada." (Harriet Leckich, moradora de Biloxi, em relato à CNN após visitar o local onde ficava sua residência).

"Estou agora em Lafayette com minha família. Encarecidamente rezo pela minha casa, minha escola, meus bens e, o mais importante, meus amigos que decidiram esperar pelo fim da tempestade em Laplace. Eu me sento aqui agora com um telefone no ouvido tentando freneticamente entrar em contato com qualquer pessoa. Deus, por favor nos ajude nisto." (Ben Bourgeois, de 17 anos, morador de Laplace, em depoimento ao site MSNBC.)

"Sabia que furacões são uma possibilidade definitiva quando escolhi minha universidade. De fato, estava plenamente alerta quando tive a idéia de vir ao Sul durante a temporada de furacões a fim de ir para a universidade. No fim, entretanto, eu me apaixonei por Tulane e decidi ir para lá. No sábado, pouco depois de 11h, recebi um aviso para deixar o campus. Aquilo era tão irreal. Devo ter passado cinco minutos seguidos xingando. Que maneira de iniciar meus estudos! E era provavelmente ainda pior para quem nunca tinha visto um furacão" (Caroline, estudante recém-admitida na Universidade de Tulane, ao site MSNBC. Ela morava no distante estado de Connecticut, onde estaria a salvo do Katrina.)

"Nosso maior medo aqui é que parece que haverá alguma enchente monumental. Não tivemos chuva aqui por vários dias, o solo é muito duro para absorver o que quer que nos atinja. É como esperar que de repente um tijolo absorva água! Haverá certamente sérios danos. Estamos rezando com muita fé por todas as possíveis vítimas dessa tempestade monstruosa." (Anna Raebel, de Huntsville, Alabama, ao site MSNBC.)

"Sempre tivemos medo de que a depressão na qual está Nova Orleans ficasse cheia rapidamente." (Walter Maestri, coordenador dos serviços de emergência para a comunidade de Jefferson.)

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