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O efeito dominó do desastre nuclear de Fukushima, em março deste ano, fez com que muitos países desistissem de seus projetos de energia atômica. Depois de Alemanha, Suíça e Itália, foi a vez da Bélgica anunciar a suspensão de seu programa nuclear, responsável por 55% da eletricidade nuclear, até 2025.

Os novos planos belgas devem começar a ser implementados em 2015, com o fechamento gradativo dos reatores até sua total extinção em 2025. A preocupação com a energia nuclear parece mesmo ter pegado a Europa de jeito, e até a França, país mais nuclearizado do mundo, passou a ter dúvidas sobre suas usinas.

Os seis partidos que negociam o futuro governo da Bélgica (socialistas, conservadores e liberais do sul e da região do Flandres) chegaram a um acordo nesta semana para arquivar o programa que previa colocar em funcionamento pleno sete reatores em dois complexos nucleares até 2025 e retomar o projeto de fechar três unidades nucleares mais antigas em 2015.

"Se não houver problema de abastecimento e se os preços não dispararem, vamos manter nossos planos", disse uma porta-voz do ministro de Clima e Energia, o socialista Paul Magnette.

Os negociadores do acordo, no entanto, se dão seis meses para desenhar de fato o plano de ação, já que o governo só deve estar formado no próximo semestre. A decisão, no entanto, não agradou a todos, principalmente aqueles que ficaram de fora de discussão e que também não devem fazer parte do futuro governo. O partido separatista Nova Aliança Flamenga, por exemplo, considerou o acordo um atraso de seis meses para a decisão definitiva.

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