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No mesmo dia em que o dono da emissora de TV Globovisión, crítica ao governo da Venezuela, foi preso por criticar o presidente Hugo Chávez, um deputado federal dissidente foi detido sob acusação de agressão a uma po­­licial, em mais um episódio do assédio chavista à oposição no país. "Sou um preso de Chá­­vez’’, disse ontem Wilmer Azua­­­­je, após ser obrigado a passar a noite em um hotel de Ca­­racas.

Azuaje é um ex-simpatizante de Chávez que passou para a oposição em 2008, após fazer denúncias de corrupção contra parentes do presidente, acusações que repercutiam na mídia venezuelana.

Foi eleito pelo Estado de Ba­­ri­­nas, governado pelo irmão mais velho de Chávez, Adán Chávez. O deputado foi algemado e detido ontem após discussão no de­­partamento de veículos da polícia judicial. Tramita­­va um documento para recuperar um carro de sua mãe quando, alega a polícia, se exaltou pela demora e agrediu funcionários do setor, o que ele nega.

O Tribunal Supremo de Jus­­tiça decidiu hoje abrir processo contra o deputado e mantê-lo em prisão domiciliar. A Assem­­bleia Nacional discutia hoje se derrubava a imunidade do parlamentar. A detenção do deputado e do dono da Globovisión, o em­­pre­­sário Guillermo Zuloa­­ga, engrossou o coro de acusações a Chávez.

Direitos humanos

A ONG Repórteres sem Fronteiras questionou "o que está permitido dizer’’ sobre o presidente no país. Preso e colocado em liberdade condicional, com proibição de deixar o país, Zuloaga afirmou que "exercer o jornalismo na Ve­­nezuela é cada dia mais pe­­rigoso’’.

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