Deputado diz que Venezuela não permitirá observação da UE na eleição de 2024: “Assassina e escravista”

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O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, anunciou nesta quinta-feira (13) que a ditadura chavista não vai permitir que a União Europeia envie uma missão de observação nas eleições presidenciais de 2024.

Segundo o site Infobae, Rodríguez, que é do mesmo partido do ditador Nicolás Maduro, divulgou a informação durante pronunciamento na Assembleia Nacional.

Pouco antes, o Parlamento Europeu havia aprovado uma resolução condenando a inabilitação de candidatos oposicionistas e as interferências do governo no Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela.

“Eu lhe digo, Josep Borrell [alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança], nenhuma missão de observação da Europa virá enquanto nós formos os representantes do Estado venezuelano”, disse o presidente da Assembleia Nacional.

Rodríguez criticou a mais recente missão da União Europeia que observou eleições na Venezuela, as locais e regionais realizadas em 2021, e que identificou diversos problemas, como “extensa utilização de recursos estatais” para beneficiar candidatos chavistas, ausência de sanções por violações por parte do CNE e cobertura “desproporcionalmente favorável” na imprensa (tanto estatal quanto privada) dos postulantes do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), legenda de Maduro.

“Quando veio aquela missão de observação, estava previsto que o presidente [Maduro] iria recebê-los. Disseram que não tinham tempo. Mas eles reservaram um tempo para se encontrar com Juan Guaidó [líder oposicionista], que não estava participando das eleições, que pedia abstenção nas eleições para governador de 2021”, afirmou o político chavista.

“Nenhuma missão de observação europeia retorna aqui. Eles não vão voltar. Porque são grosseiros, porque são colonialistas, porque são representantes dessa velha Europa imperial, assassina e escravista. Eles não voltam aqui”, gritou Rodríguez.