Um deputado sueco, considerado um forte candidato ao posto de líder do partido de extrema direita Democratas da Suécia, anunciou neste domingo (30) que estava deixando o Parlamento e seu partido após um escândalo de racismo.
Erik Almqvist, de 31 anos, era um dos três membros de seu partido flagrados em um vídeo proferindo insultos racistas contra dois homens, e depois pegando em barras de ferro após uma discussão diante de uma lanchonete. Ele chegou a chamar uma mulher que tentou interferir de "putinha".
"Não, este não é o seu país, é o meu país", disse também Almqvist.
Erik Almqvist, que era o representante de seu partido para questões econômicas, havia renunciado a esta função em meados de novembro, após a divulgação de trechos do vídeo no site do tabloide sueco Expressen.
O vídeo, de junho de 2010, foi filmado com um telefone celular por Kent Ekeroth, representante deste mesmo partido para questões de justiça.
Não foi explicado como o Expressen obteve o vídeo.
Neste domingo, Almqvist anunciou que deixava o partido, renunciando ao seu assento no Parlamento.
"Tomar esta decisão foi incrivelmente difícil. Eu reconheço que meu comportamento naquela noite, há dois anos e meio, prejudicou ao meu partido e a mim, como homem político", declarou neste domingo.
"Após consultas com meu partido, decidi deixar o meu partido e o Parlamento", afirmou.
Já Ekeroth anunciou, após a revelação do vídeo em novembro, que se afastaria temporariamente de seu posto de representante para questões de justiça do partido, mas que se manteria como deputado.
O presidente dos Democratas da Suécia, Jimmie Aakesson, anunciou uma limpeza interna para expulsar elementos racistas e "extremistas".
-
Como um não-petista se tornou um dos ministros mais poderosos de Lula
-
Turismo na serra gaúcha pode perder R$ 550 milhões até julho
-
Elogios a Putin, Ucrânia vilã: a realidade alternativa da Ruwiki, a Wikipedia chapa-branca da Rússia
-
Pesquisa aponta que 72% dos deputados apoia limitar decisões monocráticas do STF
Deixe sua opinião