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Koichi Soga, 75 anos, é um dos japoneses desalojados que precisam encontrar um novo lar | Ko Sasaki/The New York Times
Koichi Soga, 75 anos, é um dos japoneses desalojados que precisam encontrar um novo lar| Foto: Ko Sasaki/The New York Times

11.350 moradores tiveram de sair de suas casas em Okuma, uma das 19 comunidades evacuadas num raio de 19 km de Fukushima.

Os japoneses que fugiram para a cidade medieval de Aizu-Wakamatsu, após o desastre nuclear de Fukushima, no ano passado, estão perdendo as esperanças de voltar a suas antigas casas.

O prefeito de Okuma, cidade próxima da usina de Daiichi, em Fukushima, que foi rapidamente evacuada quando um terremoto com tsunami afetou os sistemas de resfriamento dos reatores, em 11 de março de 2011, prometeu levar os moradores de volta para casa assim que os níveis de radiação estivessem baixos o suficiente. Mas a lentidão dos esforços de limpeza do governo obrigou as autoridades locais a admitir, em setembro, que a reocupação da cidade poderá demorar pelo menos mais uma década.

Um crescente número de evacuados de Okuma se torna pessimista a respeito de voltar a morar na cidade. Num complexo temporário de moradias em Aizu-Wakamatsu, cidade a 97 quilômetros a oeste da usina, os moradores mais idosos dizem não ter energia suficiente para reconstruir sua cidade.

Muitos disseram preferir planos que os retirassem das moradias temporárias, mas ajudando-os a manter os laços criados ao longo de uma vida – como reconstruir a cidade mais longe da usina.

"Eu era uma dos que diziam: ‘Nós voltaremos, nos voltaremos’", afirmou Toshiko Iida, de 78 anos, que abandonou sua plantação de arroz ao sul da usina. "Agora eles estão dizendo que levará anos até que possamos voltar. Quando isso acontecer, estarei morta."

Tais sentimentos de resignação são compartilhados por muitas das 159 mil pessoas que saíram de suas cidades depois que o terremoto e o tsunami causaram a catástrofe na usina de Fukushima, espalhando radiação por uma ampla área no nordeste do Japão, no pior acidente nuclear desde o desastre de Chernobyl, em 1986, no que era a União Soviética.

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