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As tempestades de pó que assolam Marte geram químicas corrosivas que caem sobre sua superfície em forma de neve e tornariam impossível a existência de vida no planeta, afirmam dois estudos publicados hoje pela revista Astrobiology.

O maior componente dessa neve seria o peróxido de hidrogênio, uma combinação química letal para qualquer tipo de vida, segundo afirmam. Sobre uma base de estudos na Terra, com experimentos e modelos teóricos, os cientistas afirmam que a eletricidade estática gerada pelas nuvens de pó que obscurecem o planeta durante meses seria o fator que produz substâncias químicas oxidantes.

Segundo Gregory Delory, físico da Universidade da Califórnia, o peróxido acumulado há um bilhão de anos, quando Marte supostamente era um planeta seco e poeirento, chegaria a um nível que mataria qualquer tipo de vida "como conhecemos aqui na Terra".

- Em geral, a intensa exposição a raios ultravioleta, as baixas temperaturas, a falta de água e os oxidantes do solo tornariam muito difícil a sobrevivência de qualquer tipo de micróbio em Marte - afirmou o cientista.

O outro estudo, que também teve a participação de Delory, demonstra que os oxidantes poderiam se formar e se concentrar de forma tão densa que chegariam à superfície como neve altamente contaminante. Segundo Sushil Atreya, do Departamento de Ciências Atmosféricas, Oceânicas e do Espaço da Universidade de Michigan, esses superoxidantes não apenas destruiriam qualquer tipo de material orgânico como também acelerariam a difusão do metano na atmosfera.

A Nasa iniciou os preparativos para o envio de missões tripuladas a Marte nas próximas décadas. Nos últimos meses foram intensificados os estudos para determinar se existe algum ambiente em Marte que permita a permanência ao menos temporária do homem em sua superfície.

- Estamos estudando as características que fazem com que um planeta seja habitável ou inabitável, se houve algum tipo de vida ou se a podemos levar da Terra - afirmou.

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