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Crânio encontrado em Israel é nova pista sobre encontro de humanos e neandertais | Jim Hollander/Efe
Crânio encontrado em Israel é nova pista sobre encontro de humanos e neandertais| Foto: Jim Hollander/Efe
  • Caverna onde o crânio foi encontrado

Estudos genéticos nos últimos anos revelaram que praticamente todas as populações humanas modernas, com exceção de algumas etnias da África Subsaariana, apresentam variados graus de contribuição do DNA de neandertais, numa prova de que em algum momento da História ambas espécies de hominídeos não só conviveram como se miscigenaram. Quando, onde e como isso ocorreu, no entanto, ainda é objeto de intenso debate entre os especialistas, e a descoberta de parte de um crânio de 55 mil anos numa caverna em Israel vem para atiçar ainda mais a discussão.

Até agora, a principal hipótese para este encontro é de que entre 60 mil e 40 mil anos atrás nossos ancestrais saíram da África para colonizar a Europa, então já ocupada pelos neandertais, e dali se espalharam pelo resto do mundo. Várias rotas foram aventadas para essa migração, sempre procurando explicar as diferentes proporções de DNA neandertal e mesmo de outras espécies de hominídeos antigos encontradas nas diversas populações do planeta. E é aí que entra o pedaço de crânio achado em Israel, cuja análise foi publicada na edição desta semana da revista "Nature".

Segundo os pesquisadores, a datação do fóssil faz dele a mais antiga evidência física da convivência entre humanos modernos e neandertais no chamado Levante, região que compreende parte do atual Oriente Médio, antes mesmo que os Homo sapiens tivessem pisado na Europa. Mas não é só isso. Estudo do fragmento também identificou características que podem ser atribuídas às duas espécies. Assim, embora os pesquisadores reconheçam não ter dados suficientes para afirmar que ele pertença a um híbrido de humano moderno com neandertal, isso é possível.

Por fim, semelhanças do crânio com os de africanos e europeus modernos, mas não com os de outros humanos anatomicamente modernos que habitavam a região na época, também traz a possibilidade de o indivíduo fazer parte do grupo específico que acabou por alcançar e colonizar a Europa.

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